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Com Santos na cola, líder vê complô
DA REPORTAGEM LOCAL
Bastaram duas derrotas consecutivas para o Cruzeiro denunciar
um suposto complô contra o clube, líder do Brasileiro-2003.
O alvo da ira do time mineiro é o
árbitro Rodrigo Martins Cintra,
de São Paulo, culpado pelo revés
de 1 a 0 sofrido anteontem, no estádio Beira-Rio, diante do Inter.
"O Cruzeiro está incomodando
muito, tem amplas condições de
ser campeão brasileiro por antecipação, e forças ocultas, fora do futebol, estão tentando nos atrapalhar", afirmou o presidente do
clube, Alvimar Perrella.
As reclamações cruzeirenses dizem respeito ao pênalti que decidiu a partida em Porto Alegre,
além da expulsão do volante Augusto Recife, que não tinha recebido o cartão amarelo antes de ser
excluído da partida por Cintra.
Perrella colocou sob suspeita o
trio de arbitragem, todo paulista,
já que o Santos disputa o título nacional diretamente com o Cruzeiro -as duas derrotas mineiras
diminuíram de 12 para seis pontos sua vantagem na primeira colocação, com oito rodadas ainda a
serem disputadas.
"Por que não um trio do Paraná,
de Santa Catarina ou do Rio? O
que isso nos leva a pensar? Que
realmente tem um complô contra
o Cruzeiro", afirmou o cartola.
Mais irritado que o dirigente, o
técnico da equipe, Wanderley Luxemburgo, disse que espera uma
punição ao juiz -o Cruzeiro protocolou uma representação nesse
sentido ontem, na CBF.
"Pode apitar até o Simon [Carlos Eugênio Simon, árbitro gaúcho]. O que não pode é o árbitro
marcar um pênalti que não existe
e expulsar um jogador que não
merece. Aí a gente começa a
achar estranho. Ele operou o Cruzeiro em Porto Alegre", disse.
Apesar do resultado negativo e
da aproximação do Santos, o treinador manteve um discurso otimista após a partida.
"Nada disso irá nos desestabilizar", afirmou Luxemburgo.
Enquanto o Cruzeiro se lamentava, os jogadores do Santos viveram um dia de êxtase ontem em
Curitiba, para onde a delegação
rumou diretamente após a goleada de 7 a 4 aplicada no Bahia, anteontem à noite, em Salvador.
Amanhã, o time enfrentará o
Coritiba, no Couto Pereira.
O mais festejado foi o atacante
Robinho, autor de dois gols na
partida na Bahia -o primeiro,
um belo chute por cobertura.
Neste ano, pela primeira vez, ele
exibiu performance comparável à
da decisão do Brasileiro-02,
quando o Santos foi campeão.
"Não perdi a qualidade que
sempre tive. Sei que dei uma caída, mas sempre tive o apoio dos
companheiros", afirmou.
A última vez que o Santos havia
anotado sete gols em um único
jogo tinha sido em março de
2000, pelo Paulista, nos 7 a 2 sobre o Araçatuba, na Vila Belmiro.
"Só em futebol de salão eu tinha
disputado um jogo com tantos
gols", disse o meia Diego, que fez
dois e foi o principal coadjuvante
de Robinho na goleada.
"Quando nossas estrelas brilham como é habitual, o resultado
não pode ser outro", declarou o
técnico Emerson Leão, que hoje
define o time que vai escalar após
treino no CT do Atlético-PR.
Colaborou a Agência Folha, em Santos
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