São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2004

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AUTOMOBILISMO

De olho no futuro, Jenson Button e Kimi Raikkonen correm para vencer e amadurecer em Interlagos

Garotos-prodígio viram homens no Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

Jenson Button, 24, chegou a Interlagos imaginando que estaria na Williams no ano que vem. Mas levou um tombo jurídico na quarta-feira e foi obrigado pela FIA a ficar na BAR em 2005.
Reconheceu que cometeu um erro, foi precipitado. E admitiu que amadureceu com o episódio. "Pelo menos posso dizer que aprendi", disse, sorriso acanhado.
Kimi Raikkonen, 25, pisou no Brasil como companheiro de David Coulthard, 33, um piloto de 150 GPs e nove temporadas na McLaren. Deixará a corrida de hoje como primeiro nome do time, aguardando a chegada, em 2005, de Juan Pablo Montoya.
Apesar da pouca idade, é ele, agora, o veterano. "Nunca conversei com o Montoya sobre isso, mas vai ser bom ter um novo companheiro", afirmou, sério.
Representantes da nova geração da F-1, únicos da turma a conseguir resultados significativos neste ano, Button e Raikkonen chegaram a Interlagos como garotos-prodígio da categoria. Sairão do GP Brasil, e da temporada de 2004, homens. E dizendo-se preparados para enfrentar o maior de todos, Michael Schumacher.
A Folha conversou com os dois em São Paulo. São personalidades diferentes dentro e fora das pistas.
Button, que larga em quinto hoje, é expansivo, falante, gosta de roupas extravagantes e de freqüentar colunas sociais.
Na pista, é rápido, mas sem grande arroubos de agressividade. "Sou um cara tranqüilo no cockpit", explica. Neste ano, essa postura o jogou para o terceiro lugar no Mundial de Pilotos -à frente dele, só a dupla da Ferrari. Foram, até agora, 85 pontos e dez pódios. Mas ainda falta a vitória.
Raikkonen, terceiro no grid, é um sujeito calado, reservado, que não gosta de falar de si próprio. Mas, trabalhando, é dos mais arrojados. Após um início de ano complicado, cresceu e venceu na Bélgica. É sétimo no Mundial.
Ambos correm nesta tarde com chance de vitória. E esperam voltar ao Brasil, em 2005, em melhores condições. E bem mais próximos de um certo alemão. (FÁBIO SEIXAS E TATIANA CUNHA)


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