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Clássico expõe "micos" de Corinthians e Palmeiras
Amoroso e Dininho não resolvem problemas ofensivos e defensivos de times
Time do Parque São Jorge
tem pior ataque do Nacional
enquanto rival do Parque
Antarctica amarga a terceira
pior defesa da competição
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles apostaram em atletas tarimbados para resolver seus
problemas. Ganharam, até agora, dois "micos". O ataque corintiano capitaneado por Amoroso, 32, não funciona. A defesa
palmeirense, do cobiçado Dininho, 31, também capenga.
Amanhã, no Morumbi, os incompetentes setores duelam
no clássico. O Corinthians, cujo
grande astro era um atacante,
tem o pior desempenho ofensivo do Brasileiro, com apenas 27
gols. O Palmeiras, que tem o goleiro Marcos como ídolo maior,
amarga a terceira pior defesa,
com 53 gols sofridos, quase o
dobro dos santistas (29), que
são os menos vazados.
Amoroso e Dininho são símbolos de temporadas mal planejadas no Parque São Jorge e
no Parque Antarctica que colocaram os dois clubes, tetracampeões nacionais, sob o risco da
segunda divisão. Não que não
sejam bons jogadores, mas o fato é que foram contratados em
cima da hora, para taparem buracos de luxo nas equipes.
O ex-são-paulino chegou envolto às polêmicas que provocara quando esteve no Morumbi, principalmente em relação
ao Corinthians. Em sua apresentação, chamou o novo clube
de "Sociedade Esportiva", nome do rival alviverde.
Se esse problema tivesse sido
acompanhado por bolas nas redes do adversário, muito provavelmente já teria sido enterrado. O problema é que o futebol
de Amoroso ainda não engrenou desde que retornou para
ser o substituto de Tevez.
Antes da chegada dele, ainda
nos tempos do ídolo argentino
e de Nilmar, artilheiro corintiano na temporada mesmo sem
jogar há mais de três meses, o
ataque corintiano ia mal, mas
produzia mais do que agora.
Foram 22 gols em 22 jogos
-média de um por partida.
Amoroso, que estreou em 10 de
setembro no 0 a 0 contra o São
Paulo, viu a equipe em oito confrontos pelo Brasileiro balançar as redes apenas cinco vezes
-0,63 de média por jogo.
Amanhã, no Morumbi, ele
corre o risco de não estar em
campo. Com uma lesão no pé
direito, Amoroso é dúvida no
clássico. Fez tratamento intensivo ontem à tarde e hoje pela
manhã ele será reavaliado.
O zagueiro palmeirense também não tem presença garantida. O jogador, que já fora pretendido por Corinthians e São
Paulo, fez o clube alviverde desembolsar mais de R$ 1 milhão
para tê-lo. Atualmente, um dos
maiores salários do Parque Antarctica, Dininho, que chegou
durante a Copa do Mundo, jamais se firmou como titular.
O desempenho da defesa,
após sua apresentação, pouco
se alterou. Sem ele, a média de
gols sofridos era de 1,93 por
partida (29 tentos em 15 jogos).
Com Dininho, 13 gols em 10
jogos, caiu para 1,30, mas o time
continua uma peneira.
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