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Casa cheia vira obsessão do São Paulo
Diretoria planeja, com promoções, colocar até 60 mil torcedores no Morumbi para bater recorde de público no torneio
Dirigentes querem clima de
Libertadores para empurrar
equipe nas quatro partidas
que o clube ainda vai fazer
em casa pelo tetra nacional
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Líder isolado do Brasileiro
com sete pontos de vantagem
para o segundo colocado, time
com mais vitórias (17), melhor
ataque (54 gols) e com o recorde de rodadas consecutivas na
ponta: 19, sendo 20 no total.
Com um desempenho inconteste, o São Paulo vive agora
uma nova obsessão, marcar na
sua campanha o recorde de pagantes nas Séries A, B, e C.
Mas há um empecilho: o
Atlético-MG, que está na segunda divisão, juntando multidões na caminhada pelo acesso.
Dez dias atrás, o São Paulo
chegou a anunciar no placar do
Morumbi que o recorde das
três Séries era seu com os
55.244 torcedores nos 5 a 0 sobre o Juventude no Morumbi.
Mas o time mineiro deu o troco
nos 4 a 1 sobre o Avaí e, com
57.851 torcedores, passou os
são-paulinos para trás.
"Nossa meta são os recordes
de público no Brasileiro neste
"campeonato" de oito jogos que
nos restam", afirmou o responsável pelo marketing do clube,
Júlio César Casares.
Segundo o dirigente, a intenção agora é "estabelecer uma
relação de cumplicidade" com a
torcida nas quatro partidas que
serão disputadas no Morumbi.
"Isso é importante porque
estádio cheio muda o ambiente,
contagia e empurra a equipe.
Depois, é nossa intenção tentar
repetir no Brasileiro o bom público que o time tinha na Libertadores. Acho até que pelo fato
de o São Paulo não ganhar um
Brasileiro há tanto tempo, o título teria a dimensão de uma
Libertadores", falou Casares.
Apesar da folga na liderança e
de ter mantido praticamente a
base do time que conquistou o
mundo em 2005, o São Paulo é
apenas o sexto colocado no ranking de públicos por mandantes no campeonato nacional.
Com média de 15.403 pagantes, a equipe do Morumbi fica
atrás de Grêmio e Internacional (24.927 e 22.516 torcedores
respectivamente). Depois vêm
Flamengo, Cruzeiro e ainda o
Corinthians, time que só saiu
da zona de rebaixamento graças à vitória na última rodada.
Para tentar alcançar seus objetivos, a diretoria resolveu aliviar o bolso do seu torcedor, já
que a arquibancada vai custar
R$ 10 contra Ponte Preta, Botafogo, Cruzeiro e Atlético-PR
-o preço normal é R$ 20.
"Esperamos colocar 60 mil
pessoas nesses jogos. A renda
giraria em torno de R$ 550 mil
a R$ 600 mil", falou o diretor financeiro do São Paulo, Osvaldo
Vieira de Abreu.
A diretoria já iniciou até a
venda antecipada dos ingressos
para a partida contra a Ponte
Preta, na quinta-feira da semana que vem. O fato de o jogo
acontecer num feriado traz esperanças de um bom público.
"A gente até pede que os torcedores comprem os ingressos
de forma antecipada para evitar transtornos", falou Casares.
O jogo contra o time de Campinas, marcado para as 20h30,
fez os dirigentes se mexerem.
"Fizemos um pedido para mudar para as 16h pensando no
torcedor", disse o dirigente.
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