São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 2006

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Casa cheia vira obsessão do São Paulo

Diretoria planeja, com promoções, colocar até 60 mil torcedores no Morumbi para bater recorde de público no torneio

Dirigentes querem clima de Libertadores para empurrar equipe nas quatro partidas que o clube ainda vai fazer em casa pelo tetra nacional

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Líder isolado do Brasileiro com sete pontos de vantagem para o segundo colocado, time com mais vitórias (17), melhor ataque (54 gols) e com o recorde de rodadas consecutivas na ponta: 19, sendo 20 no total.
Com um desempenho inconteste, o São Paulo vive agora uma nova obsessão, marcar na sua campanha o recorde de pagantes nas Séries A, B, e C.
Mas há um empecilho: o Atlético-MG, que está na segunda divisão, juntando multidões na caminhada pelo acesso.
Dez dias atrás, o São Paulo chegou a anunciar no placar do Morumbi que o recorde das três Séries era seu com os 55.244 torcedores nos 5 a 0 sobre o Juventude no Morumbi. Mas o time mineiro deu o troco nos 4 a 1 sobre o Avaí e, com 57.851 torcedores, passou os são-paulinos para trás.
"Nossa meta são os recordes de público no Brasileiro neste "campeonato" de oito jogos que nos restam", afirmou o responsável pelo marketing do clube, Júlio César Casares.
Segundo o dirigente, a intenção agora é "estabelecer uma relação de cumplicidade" com a torcida nas quatro partidas que serão disputadas no Morumbi.
"Isso é importante porque estádio cheio muda o ambiente, contagia e empurra a equipe. Depois, é nossa intenção tentar repetir no Brasileiro o bom público que o time tinha na Libertadores. Acho até que pelo fato de o São Paulo não ganhar um Brasileiro há tanto tempo, o título teria a dimensão de uma Libertadores", falou Casares.
Apesar da folga na liderança e de ter mantido praticamente a base do time que conquistou o mundo em 2005, o São Paulo é apenas o sexto colocado no ranking de públicos por mandantes no campeonato nacional.
Com média de 15.403 pagantes, a equipe do Morumbi fica atrás de Grêmio e Internacional (24.927 e 22.516 torcedores respectivamente). Depois vêm Flamengo, Cruzeiro e ainda o Corinthians, time que só saiu da zona de rebaixamento graças à vitória na última rodada.
Para tentar alcançar seus objetivos, a diretoria resolveu aliviar o bolso do seu torcedor, já que a arquibancada vai custar R$ 10 contra Ponte Preta, Botafogo, Cruzeiro e Atlético-PR -o preço normal é R$ 20.
"Esperamos colocar 60 mil pessoas nesses jogos. A renda giraria em torno de R$ 550 mil a R$ 600 mil", falou o diretor financeiro do São Paulo, Osvaldo Vieira de Abreu.
A diretoria já iniciou até a venda antecipada dos ingressos para a partida contra a Ponte Preta, na quinta-feira da semana que vem. O fato de o jogo acontecer num feriado traz esperanças de um bom público.
"A gente até pede que os torcedores comprem os ingressos de forma antecipada para evitar transtornos", falou Casares.
O jogo contra o time de Campinas, marcado para as 20h30, fez os dirigentes se mexerem. "Fizemos um pedido para mudar para as 16h pensando no torcedor", disse o dirigente.


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