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Massa diz saborear fase graças aos críticos
Má reputação, conta piloto,
deve-se a 1º ano ruim na F-1
DA REPORTAGEM LOCAL
A uma semana de entrar na
pista de Interlagos pela primeira vez para tentar um título que
o Brasil não conquista desde
1991, Felipe Massa, 27, resolveu
responder a seus críticos.
Considerado por boa parte
da imprensa internacional como o segundo piloto da Ferrari
desde o título de seu companheiro, Kimi Raikkonen, no
ano passado, o brasileiro afirmou estar "saboreando" ainda
mais o momento que atravessa
justamente por causa disso.
"As pessoas sempre me colocaram completamente fora da
disputa", declarou o ferrarista à
revista inglesa "Autosport". "É
muito mais legal quando ninguém espera que você faça um
bom trabalho e você vai e consegue fazer algo muito melhor."
No começo do ano, as principais revistas especializadas em
F-1 estamparam fotos de Raikkonen, Lewis Hamilton e Fernando Alonso como candidatos
a conquistar o título de 2008.
"Tenho certeza de que, se tivesse começado minha carreira
como piloto de testes da Ferrari, minha reputação seria completamente diferente", falou
Massa, que estreou na categoria na Sauber, em 2002, ano em
que marcou quatro pontos e teve como melhor resultado um
quinto lugar no GP da Espanha
-terminou o Mundial em 12º.
"Por causa do meu primeiro
ano, que foi ruim, minha reputação permaneceu ruim por
muitos anos", declarou ele.
"É verdade que eu era um
pouco "louco" naquela época,
mas tinha um carro muito difícil de guiar. E eu era muito novo, talvez até muito novo para
começar direto, como fiz."
Agora, em sua sexta temporada como titular na categoria,
a terceira na Ferrari, tem recebido elogios de todos os que o
cercam pela maturidade que
tem demonstrado em 2008
-desde seu engenheiro, Rob
Smedley, a Luca di Montezemolo, presidente da escuderia.
Com sete pontos a menos
que Hamilton no Mundial, porém, Massa sabe que só uma vitória ou um segundo lugar no
GP Brasil, no próximo dia 2, somados a um mau desempenho
de seu adversário, lhe servem
para ficar com o troféu inédito.
"Só de chegar à corrida em
casa na posição de lutar pelo
campeonato já é uma sensação
muito boa", disse o brasileiro,
que, caso fique com o título, será apenas o segundo piloto na
história a vencer um Mundial
em seu território -Giuseppe
Farina, em 1950, foi o primeiro,
ao ser campeão no GP da Itália.
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