São Paulo, Quarta-feira, 24 de Novembro de 1999


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ATLETISMO
Último salário foi do mês da contraprova do doping
Elisângela Adriano vai perder patrocínio caso seja punida


da Reportagem Local

A atleta Elisângela Adriano, ouro no lançamento de disco no Pan-Americano de Winnipeg (Canadá), vai ter seu contrato de patrocínio com a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) rompido caso seja punida pela Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) na sentença final de seu caso de doping por nandrolona.
Ela já está sem acesso ao dinheiro desde o pagamento do mês seguinte à confirmação de que testou positivo na Universíade.
A contraprova do exame feito na competição universitária, em julho, foi divulgada no dia 23 de agosto, durante o Mundial de Atletismo, em Sevilha (Espanha).
Com a confirmação, Elisângela não pôde disputar a principal competição do atletismo nesta temporada.
Segundo o superintendente da BM&F, Edemir Pinto, o valor mensal do patrocínio da atleta vem sendo depositado numa conta que ela não pode movimentar.
Ontem, na cerimônia de assinatura dos contratos até outubro de 2000, Elisângela foi a única dos 22 atletas patrocinados que não constava da lista de apresentação. Ela também não compareceu ao evento.
Elisângela está suspensa pela Iaaf até o resultado final de seu caso, que pode acontecer ainda este ano ou no início de 2000.
A punição preventiva foi o motivo alegado pelo presidente da Federação Paulista de Atletismo, Sérgio Nogueira Coutinho, que indica os atletas a serem patrocinados pela BM&F, para a ausência de Elisângela da lista de apresentação na cerimônia de ontem.
""Ela até iria comparecer, mas acabou não vindo", afirmou o dirigente.
O caso da atleta também pode significar ao Brasil perder para a Argentina o quarto lugar no Pan-Americano deste ano.
Se a sentença da Iaaf mantiver o doping de Elisângela, o país perderia a medalha de ouro conquistada por ela em Winnipeg, já que a pena seria retroativa a 12 de julho -data do primeiro exame- e anularia os resultados conseguidos após essa data.
Com um ouro a menos, o Brasil seria ultrapassado pela Argentina no quadro de medalhas.

Investimento
A BM&F renovou ontem os contratos de patrocínios com 18 atletas e acertou compromissos com outros quatro.
Os contratos são válidos até 1º de outubro de 2000, quando terminam os Jogos Olímpicos de Sydney (Austrália).
O valor mensal gasto pela instituição também aumentará, passando de R$ 27 mil para R$ 35 mil.
Ficou acertado ainda que a medalha de ouro na Olimpíada do próximo ano valerá ao patrocinado uma barra de 1 kg desse metal.
Os destaques da equipe são Claudinei Quirino da Silva, prata nos 200 m no Mundial de Sevilha, Sanderlei Parrela, também vice-campeão dos 400 m na competição espanhola, e Eronildes Nunes Araújo, quarto colocado nos 400 m com barreiras nesse mesmo campeonato.


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