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ATLETISMO
Último salário foi do mês da contraprova do doping
Elisângela Adriano vai perder patrocínio caso seja punida
da Reportagem Local
A atleta Elisângela Adriano, ouro no lançamento de disco no
Pan-Americano de Winnipeg
(Canadá), vai ter seu contrato de
patrocínio com a BM&F (Bolsa
de Mercadorias e Futuros) rompido caso seja punida pela Iaaf
(Federação Internacional de Atletismo) na sentença final de seu caso de doping por nandrolona.
Ela já está sem acesso ao dinheiro desde o pagamento do mês seguinte à confirmação de que testou positivo na Universíade.
A contraprova do exame feito
na competição universitária, em
julho, foi divulgada no dia 23 de
agosto, durante o Mundial de
Atletismo, em Sevilha (Espanha).
Com a confirmação, Elisângela
não pôde disputar a principal
competição do atletismo nesta
temporada.
Segundo o superintendente da
BM&F, Edemir Pinto, o valor
mensal do patrocínio da atleta
vem sendo depositado numa conta que ela não pode movimentar.
Ontem, na cerimônia de assinatura dos contratos até outubro de
2000, Elisângela foi a única dos 22
atletas patrocinados que não
constava da lista de apresentação.
Ela também não compareceu ao
evento.
Elisângela está suspensa pela
Iaaf até o resultado final de seu caso, que pode acontecer ainda este
ano ou no início de 2000.
A punição preventiva foi o motivo alegado pelo presidente da
Federação Paulista de Atletismo,
Sérgio Nogueira Coutinho, que
indica os atletas a serem patrocinados pela BM&F, para a ausência de Elisângela da lista de apresentação na cerimônia de ontem.
""Ela até iria comparecer, mas
acabou não vindo", afirmou o dirigente.
O caso da atleta também pode
significar ao Brasil perder para a
Argentina o quarto lugar no Pan-Americano deste ano.
Se a sentença da Iaaf mantiver o
doping de Elisângela, o país perderia a medalha de ouro conquistada por ela em Winnipeg, já que
a pena seria retroativa a 12 de julho -data do primeiro exame-
e anularia os resultados conseguidos após essa data.
Com um ouro a menos, o Brasil
seria ultrapassado pela Argentina
no quadro de medalhas.
Investimento
A BM&F renovou ontem os
contratos de patrocínios com 18
atletas e acertou compromissos
com outros quatro.
Os contratos são válidos até 1º
de outubro de 2000, quando terminam os Jogos Olímpicos de
Sydney (Austrália).
O valor mensal gasto pela instituição também aumentará, passando de R$ 27 mil para R$ 35 mil.
Ficou acertado ainda que a medalha de ouro na Olimpíada do
próximo ano valerá ao patrocinado uma barra de 1 kg desse metal.
Os destaques da equipe são
Claudinei Quirino da Silva, prata
nos 200 m no Mundial de Sevilha,
Sanderlei Parrela, também vice-campeão dos 400 m na competição espanhola, e Eronildes Nunes
Araújo, quarto colocado nos 400
m com barreiras nesse mesmo
campeonato.
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