São Paulo, domingo, 24 de novembro de 2002

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PAINEL FC

Almoço de negócios
Na viagem que fez à Espanha, Luiz Felipe Scolari almoçou com uma estrela do Real Madrid e do futebol mundial. Não foi nem com Ronaldo nem com Roberto Carlos. Sem alarde, o gaúcho dividiu a mesa com o meia Figo, ídolo da seleção portuguesa, onde pretende trabalhar.

Conta salgada
Se aceitar a proposta da Federação Portuguesa de Futebol, Scolari pode ter logo em 2003 um adversário indigesto. Estão em fase avançada as negociações entre CBF e FPF para que a seleção pentacampeã vá a Lisboa enfrentar Portugal.

Ou ele ou eu
Ronaldo disse a interlocutores que Sócrates é a única pessoa do esporte com quem ele não se senta à mesa. A raiva é tamanha que, antes mesmo de condicionar ajuda ao governo Lula à não-indicação do ex-corintiano, Ronaldo nem trocou olhares com Sócrates na festa de despedida de Raí, em Paris.

Nada feito
O Corinthians não aceitou os US$ 500 mil que o HMTF ofereceu para que o clube tirasse a ação na qual cobra R$ 5,8 mi pela rescisão da parceria. Os corintianos só negociam pelo dobro.

Sem sinal
O Corinthians já tem um opositor no caso de passar pelo Atlético-MG e voltar a se hospedar em Jarinu: Vampeta. O volante disse que a concentração lá é tão fechada que nem o celular pega.

Discurso e prática
Carlos Alberto Parreira reclamou dos jogos às 16h durante o horário de verão. Disse que os jogadores não estão acostumados e que o jogo será "ruim". Mas em nenhum dia da semana o seu Corinthians treinou neste horário para se adaptar.

Provocação
A diretoria executiva do Clube dos 13 já está sendo chamada de diretoria da "segunda divisão". Nada menos que metade dos membros (Mustafá Contursi e Mauro Ney Palmeiro) verão seus times, Palmeiras e Botafogo, na segundona em 2003.

Pelo mar
O São Paulo fretou uma balsa para levar hoje sua delegação do Guarujá, cidade em que o time se hospedou, para Santos, local do clássico contra o time de Emerson Leão. Só o ônibus do clube e batedores da PM terão acesso à embarcação.

Catimba
A cúpula são-paulina decidiu concentrar o time no Guarujá depois de ver os três hotéis de grande porte de Santos "lotados". No Morumbi, diretores comentaram que a "lotação" foi obra de Leão, que teria ligado para os estabelecimentos reservando quartos para sua equipe.

Aparato de guerra
Além de material esportivo e de bebidas, o São Paulo leva em sua bagagem ventiladores. Os cartolas temem o calor no vestiário da Vila, que não conta com ar condicionado.

Plim, Plim
Relatório sobre a cobertura televisiva da Copa-2002, divulgado pela Fifa, mostra que a Globo bateu recorde em índice "share" (participação de um canal sobre o total de aparelhos ligados). O jogo Brasil x Inglaterra teria sido visto por 46 milhões de pessoas.

Título virtual
O São Caetano seria o campeão brasileiro caso o sistema de pontos corridos já estivesse em prática. Cálculos do Datafolha tendo o Nacional-01 como um suposto primeiro turno e o deste ano como returno apontariam o Azulão com 91 pontos. Cinco a mais que o vice São Paulo.

Ficção e realidade
Já os rebaixados seriam os mesmos do Brasileiro-2002. Pela ordem, do 23º lugar para o lanterna, após 46 rodadas: Palmeiras, Lusa, Gama e Botafogo.

Passo atrás
Depois de anunciar que tinha o apoio de Carlos Facchina Nunes, a assessoria de Luiz Gonzaga Belluzzo recuou. Diz que "ainda" não conta com o apoio do ex-presidente palmeirense.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Alexandre Kalil, homem-forte do Atlético-MG:
- O Clube dos 13 é uma entidade ridícula. Me dou com muito pouca gente de lá. Está na hora de os homens de bem, como os presidentes do São Paulo, do Grêmio, do São Caetano e do Juventude tomarem uma providência para mudar aquilo lá.

CONTRA-ATAQUE

Muy amigo

Companheiros da seleção argentina na Copa do Mundo de 1982, Diego Maradona e Daniel Bertoni se apresentaram ao Napoli ao mesmo tempo, em 1984.
Ambos conviviam, mas não eram exatamente amigos. O atacante Bertoni, campeão mundial em 1978, não se submetia ao clã que já naquela época orbitava em torno de um Maradona ainda sem seus maiores títulos.
Mas, depois de conquistar quase sozinho o Mundial de 1986, Maradona voltou para a Itália com toda sua soberba.
Foi justamente nesse momento que Bertoni foi dispensado do time. Para quem tinha dúvida sobre os bastidores, Ramón Díaz, atacante à época da Fiorentina, esclareceu o caso:
- Diego pediu a cabeça de Bertoni, e a diretoria obedeceu.
Maradona e o Napoli ganhariam o scudetto daquela temporada, mas Bertoni não deu o braço a torcer:
- Meu problema era com a diretoria do Napoli para aumentar meu salário. Maradona não me demitiu, mas, com todo o poder que tinha no clube, não fez nada para me ajudar.


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