São Paulo, domingo, 24 de novembro de 2002

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BASQUETE

CBB sonda Miguel Angelo, ouro no Mundial de 94

Treinador do Fla diz que integrará supercomissão da seleção em 2003

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Miguel Angelo da Luz, do Flamengo, pode ser a primeira novidade da comissão técnica da seleção masculina de basquete para o ano que vem.
O presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Gerasime Bozikis, o Grego, teve uma conversa inicial com o treinador na última terça-feira, no Rio.
"O Grego me falou que vai ter algum trabalho para mim. A idéia é fazer uma comissão de cinco treinadores na seleção brasileira", afirmou Miguel Angelo, que não vê problema em trabalhar com o atual técnico do Brasil, Hélio Rubens. "Quero ser útil de alguma forma", afirmou ele.
No Mundial de Indianápolis, encerrado em setembro, Hélio Rubens contou com Aluísio Ferreira, o Lula, do COC/Ribeirão Preto, e Flávio Davis, do Universo-Minas, como auxiliares.
A equipe mostrou irregularidade durante a competição, obteve quatro vitórias e cinco derrotas e acabou na oitava colocação.
O convite a Miguel Angelo, se efetivado, não foi feito por sugestão do atual treinador da seleção.
"Não falei de nenhum nome para o Grego. Ainda não tive uma reunião com ele para avaliarmos a participação brasileira no Mundial. Mas não vejo problema em trabalhar com o Miguel", contou Hélio Rubens, que dirige o Vasco.
O próprio treinador não sabe se continuará na seleção. O presidente da CBB já disse que só definirá o técnico da equipe em 2003.
Postulante ao cargo, Miguel Angelo critica o atual esquema do Brasil. "Acho que o time está esquecendo um pouco nossas características. Não podemos coibir o estilo ofensivo do Marcelinho", disse ele, referindo-se ao ala-armador, cestinha do Brasil no Mundial -média de 20,9 pontos.
Miguel Angelo não é propriamente um profissional que esteja entrosado com o grupo que dirige a seleção. "Converso muito pouco com o Hélio Rubens. Da atual comissão técnica me relaciono melhor com o Lula. Mas não discuto tática com nenhum deles.".
As credenciais do treinador vêm do trabalho feito na seleção feminina: foi campeão mundial em 1994, na Austrália, e prata nos Jogos de Atlanta, em 1996.
Seja quem for efetivado no cargo, o treinador terá uma tarefa espinhosa no ano que vem: classificar o Brasil para Atenas-2004.


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