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Renovada, seleção de vôlei repete campeões
Equipe de Bernardinho ganha todos os torneios pós-Olimpíada, como em 2005
Depois do ouro nos Jogos de Atenas-2004, time perdeu três atletas; mudança em relação à prata em Pequim, em 2008, inclui sete nomes
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a medalha de prata nos
Jogos de Pequim-2008, o técnico Bernardinho foi obrigado a
fazer uma revolução na seleção
de vôlei. Novatos ocuparam as
vagas de titulares intocáveis, e o
comando das jogadas foi para
as mãos de um jovem levantador de apenas 22 anos.
Tantas mudanças, no entanto, não alteraram a posição da
equipe no pódio das principais
competições do mundo.
Um ano após a Olimpíada, o
time apresentou o mesmo retrospecto de 2005, na temporada seguinte ao ouro em Atenas.
A equipe de Bernardinho
conquistou os títulos da Liga
Mundial, do Sul-Americano e
da Copa dos Campeões, que teve a final ontem, no Japão.
Em 2005, além dos três ouros, o time amargou o segundo
lugar na Copa América, não
realizada nesta temporada.
Naquele ano, a equipe também passava por mudanças,
mas menos drásticas do que as
vividas em 2009. Após Atenas--2004, Giovane, Maurício e
Nalbert deixaram a quadra.
Depois de Pequim-2008, só
Anderson e Gustavo declararam que haviam encerrado
seus ciclos na seleção. Mas, por
opção técnica ou forçado por
lesões ou problemas pessoais
de seus comandados, Bernardinho mudou sete jogadores.
Na Copa dos Campeões, haviam cinco remanescentes: o
ponta Giba, capitão e principal
nome do time, o líbero Escadinha, o meio de rede Rodrigão, o
levantador Bruno e o ponta
Murilo. Os dois últimos não
eram titulares na China.
"Mostramos muita evolução
nessa competição. Nós nos dedicamos muito para isso e lutamos muito para que isso acontecesse também. Acho que esse
é o espírito. É isso que nós, que
já estamos mais acostumados
com momentos de tensão, tentamos passar para os mais jovens", afirmou Escadinha, melhor líbero da competição.
A seleção também havia perdido Ricardinho, levantador titular do ouro em Atenas. O atleta foi cortado às vésperas do
Pan do Rio, em 2007, por desavenças com o técnico.
"É um bom começo. Foi um
ano vitorioso, mas temos muita
coisa a fazer ainda", afirmou o
treinador Bernardinho.
"Esses meninos mostraram
personalidade e competência
para herdar o legado dos outros
dois ciclos. Saímos com um saldo positivo, mas sem acomodação nenhuma", completou ele
ontem, após os 3 sets a 0 sobre o
Japão, que deram ao time o título da Copa dos Campeões.
O maior pontuador da equipe
no torneio, com 67 pontos, foi o
oposto Leandro Vissotto, de 26
anos e 2,12 m, que conquistou a
vaga de titular antes ocupada
por André Nascimento e também foi destaque do Italiano.
"Foi inesquecível para mim.
Ganhei cinco títulos, três com a
seleção e dois com meu clube. É
só o começo. Espero que esse
sonho se prolongue até os Jogos Olímpicos do Rio, em
2016", afirmou Vissotto.
Com a renovação, o Brasil ganhou mais força e altura. Além
de Vissotto, a seleção teve no
Japão gigantes como o meio de
rede Lucas, de 2,09 m.
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