São Paulo, terça-feira, 24 de novembro de 2009

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Renovada, seleção de vôlei repete campeões

Equipe de Bernardinho ganha todos os torneios pós-Olimpíada, como em 2005

Depois do ouro nos Jogos de Atenas-2004, time perdeu três atletas; mudança em relação à prata em Pequim, em 2008, inclui sete nomes

DA REPORTAGEM LOCAL

Após a medalha de prata nos Jogos de Pequim-2008, o técnico Bernardinho foi obrigado a fazer uma revolução na seleção de vôlei. Novatos ocuparam as vagas de titulares intocáveis, e o comando das jogadas foi para as mãos de um jovem levantador de apenas 22 anos.
Tantas mudanças, no entanto, não alteraram a posição da equipe no pódio das principais competições do mundo.
Um ano após a Olimpíada, o time apresentou o mesmo retrospecto de 2005, na temporada seguinte ao ouro em Atenas.
A equipe de Bernardinho conquistou os títulos da Liga Mundial, do Sul-Americano e da Copa dos Campeões, que teve a final ontem, no Japão.
Em 2005, além dos três ouros, o time amargou o segundo lugar na Copa América, não realizada nesta temporada.
Naquele ano, a equipe também passava por mudanças, mas menos drásticas do que as vividas em 2009. Após Atenas--2004, Giovane, Maurício e Nalbert deixaram a quadra.
Depois de Pequim-2008, só Anderson e Gustavo declararam que haviam encerrado seus ciclos na seleção. Mas, por opção técnica ou forçado por lesões ou problemas pessoais de seus comandados, Bernardinho mudou sete jogadores.
Na Copa dos Campeões, haviam cinco remanescentes: o ponta Giba, capitão e principal nome do time, o líbero Escadinha, o meio de rede Rodrigão, o levantador Bruno e o ponta Murilo. Os dois últimos não eram titulares na China.
"Mostramos muita evolução nessa competição. Nós nos dedicamos muito para isso e lutamos muito para que isso acontecesse também. Acho que esse é o espírito. É isso que nós, que já estamos mais acostumados com momentos de tensão, tentamos passar para os mais jovens", afirmou Escadinha, melhor líbero da competição.
A seleção também havia perdido Ricardinho, levantador titular do ouro em Atenas. O atleta foi cortado às vésperas do Pan do Rio, em 2007, por desavenças com o técnico.
"É um bom começo. Foi um ano vitorioso, mas temos muita coisa a fazer ainda", afirmou o treinador Bernardinho.
"Esses meninos mostraram personalidade e competência para herdar o legado dos outros dois ciclos. Saímos com um saldo positivo, mas sem acomodação nenhuma", completou ele ontem, após os 3 sets a 0 sobre o Japão, que deram ao time o título da Copa dos Campeões.
O maior pontuador da equipe no torneio, com 67 pontos, foi o oposto Leandro Vissotto, de 26 anos e 2,12 m, que conquistou a vaga de titular antes ocupada por André Nascimento e também foi destaque do Italiano.
"Foi inesquecível para mim. Ganhei cinco títulos, três com a seleção e dois com meu clube. É só o começo. Espero que esse sonho se prolongue até os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016", afirmou Vissotto.
Com a renovação, o Brasil ganhou mais força e altura. Além de Vissotto, a seleção teve no Japão gigantes como o meio de rede Lucas, de 2,09 m.


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