São Paulo, segunda, 24 de novembro de 1997.



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CORTADA
Pódio

CIDA SANTOS

O vôlei masculino brasileiro volta a subir ao pódio na Copa dos Grande Campeões, no Japão. O time, já com pelo menos o segundo lugar garantido, precisa ganhar hoje dois sets dos japoneses para conquistar o título. Uma façanha e tanto para uma equipe renovada. Basta lembrar que 6 dos 12 jogadores vieram da seleção juvenil, vice-campeã mundial em 95.
Devo confessar que Radamés Lattari não era o técnico dos meus sonhos para a seleção. Mas também preciso admitir que esse trabalho de renovação feito por ele está dando resultado. Essa nova geração está tendo oportunidade de jogar na seleção e ganhar posições.
A única pisada de bola de Radamés nesta temporada foi ter insistido para Marcelo Negrão jogar fora de sua posição: na ponta e passando. Era, no mínimo, estranho também deixar Nalbert, o melhor passe do Brasil, no banco. Claro, que, nos jogos que entrou nessa posição, Negrão foi substituído por Nalbert. O final dessa história todo mundo já sabe: desentendimentos entre o técnico e Negrão e o pedido de dispensa do jogador. Para 98, só espero que Lattari reveja esse lance: volte a convocar o atacante e possa viver o delicioso dilema de quem vai colocar na diagonal do levantador: Max, Negrão ou Joel?
No torneio feminino, o Brasil pagou o preço de passar o ano fora das grandes competições internacionais. O time, que por decisão da Confederação Brasileira não disputou o Grand Prix, tinha jogado em 97 apenas contra seleções fracas. Mesmo assim, venceu ontem a China e garantiu o terceiro lugar.
Já a Rússia termina o ano como a grande favorita para o Mundial de 98. Campeã européia, do Grand Prix e agora da Copa dos Campeões, a seleção russa mostrou um time jovem, alto e duas atacantes fora de série: Evguenia Artamonova, 21, 1,90 m, e Elena Godina, 20, 1,92 m.



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