São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 2000

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Time carioca bate Cruzeiro no Mineirão e busca seu quarto título brasileiro

Vasco atropela no final do ano e vai à decisão da JH

Depois de superar crise por demissão de treinador e ganhar a Mercosul de virada, equipe do Rio é a representante dos 'ricos' contra o São caetano na final do Brasileiro

Fernando Maia/Agência O Globo
O meio-campista Juninho abraça seus companheiros do Vasco na vitória de ontem, sobre o Cruzeiro, que levou o time à final da Copa JH, contra o São Caetano


DA REPORTAGEM LOCAL

O Vasco venceu ontem o Cruzeiro por 3 a 1, no Mineirão, e deu sequência a uma arrancada que lhe assegurou um título, o da Mercosul, e pode lhe valer mais um, o da Copa João Havelange, na decisão contra o São Caetano.
Em desvantagem nos dois torneios e com o técnico Oswaldo de Oliveira demitido, o clube carioca protagonizou, primeiro, uma virada espetacular contra o Palmeiras na quarta, saindo de 3 a 0 para 4 a 3 a seu favor e conquistando o título da competição continental.
Ontem, foi a vez de fazer 3 a 1 no Cruzeiro e anular o empate de 2 a 2 obtido pela equipe mineira no Rio. Para o rival, bastava empatar por 0 a 0 ou 1 a 1 para avançar.
A decisão contra o São Caetano será disputada na quarta, em São Paulo, e no sábado, no Rio.
Agora, o Vasco representará o Clube dos 13 na primeira final de Campeonato Brasileiro desde 1991 disputada por um time, o São Caetano, que não está entre os sócios atuais da entidade.
Apesar da vantagem que tinha, o Cruzeiro começou a partida pressionando, como queria seu treinador Luiz Felipe Scolari.
Ricardinho deu o primeiro chute a gol aos 3min, de fora da área. Aos 7min, Fábio Júnior sofreu pênalti, mas o lance já havia sido interrompido antes, quando o juiz Oscar Roberto Godoi marcou falta de Geovanni em Odvan.
Aos poucos, o Vasco foi cadenciando o jogo, ao segurar bem a bola no meio-campo e no ataque, e diminuiu o ritmo do adversário. Ricardinho deu mais um chute aos 27min, em cobrança de falta, e acertou a rede pelo lado de fora.
Com as ações equilibradas e o desgaste causado pelo calor, a partida começava a ficar morna.
O marasmo só foi interrompido com uma cobrança de falta de Juninho Pernambucano, aos 32min. Da esquerda, ele colocou a bola no ângulo esquerdo de Fabiano e fez 1 a 0 para o Vasco, resultado que classificaria sua equipe.
Fábio Júnior teve chance de empatar aos 40min, quando recebeu passe de Sorín na área do Vasco e chutou em cima de Hélton.
Com a desvantagem, o Cruzeiro já imprimia nova pressão. Aos 42min, Sérgio Manoel avançou pela esquerda e deu um passe para Fábio Júnior na área vascaína.
O atacante chutou forte em cima de Hélton, que deu o rebote, aproveitado por Sorín de cabeça para empatar. Com isso, a vaga voltava a ser do Cruzeiro.
Jackson, aos 46min, ainda teve a chance de tocar para o gol vazio, após jogada de Fábio Júnior pela direita, mas Júnior Baiano evitou o gol em cima da linha.
Iniciado o segundo tempo, Romário já queria a marcação de um pênalti que teria sofrido em disputa de bola com Rodrigo, aos 5min. O árbitro, porém, optou por mandar seguir a jogada.
Aos 9min, Godoi teve a mesma atitude em disputa de Rodrigo com Clebson na área vascaína.
Apesar de já estar se classificando com o resultado que obtinha, era o Cruzeiro que tomava a iniciativa e criava mais chances.
Aos 23min, porém, uma tentativa foi suficiente para o Vasco conseguir o que precisava. Euller recebeu lançamento de Júnior Baiano, se livrou de Cléber e chutou no canto, desempatando o jogo.
Se já pressionava, o Cruzeiro aumentou a carga com o gol.
Foi o Vasco, no entanto, que quase ampliou aos 38min, em jogada espetacular. Romário recebeu passe de Euller e tocou de primeira na saída de Fabiano. A bola, caprichosamente, seguiu lenta até encontrar a trave esquerda e saiu.
Aos 48min, Romário ainda ampliou para 3 a 1, após avançar, se livrar do goleiro e tocar para o gol.


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