São Paulo, terça-feira, 24 de dezembro de 2002

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BASQUETE

Pior da história, Ponta Grossa manterá time

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo dono da pior campanha da história do Nacional feminino, que encerrou a primeira fase anteontem, o Ponta Grossa quer disputar o torneio de 2003.
"A participação no Nacional foi importante para a cidade. Colocamos o Paraná de volta no mapa do basquete brasileiro", crê Antonio Carlos Frasson, secretário de Esporte e Recreação da prefeitura.
O Ponta Grossa teve 18 derrotas no torneio. É a pior sequência de insucessos da história de um time em um Brasileiro de basquete.
Nem na antiga Taça Brasil, nem no Nacional, que começou em 98, uma equipe perdeu tantos jogos seguidos em uma edição. Até então, as piores campanhas no Nacional haviam sido do Blumenau (1998), Sport (2000) e Univille (2001), todos com 14 derrotas.
"As atletas não desanimavam. Lutavam até o fim, como se cada partida estivesse com uma diferença de um ponto", diz a técnica Siboney Pedroso, também mãe das jogadoras Larissa e Vanessa.
A equipe não pagou salário às atletas -o custo do time foi de R$ 10 mil mensais. A única vantagem das jogadoras era contar com bolsa da Uniandrade, parceira da prefeitura. O esquema amador criou situações incomuns.
O jogo contra o São Paulo/Guaru, time de Janeth, coincidiu com o vestibular da Uniandrade. Com isso, o time viajou só com oito atletas, já que as outras foram fazer prova. A equipe perdeu por 108 a 43. "Não houve tempo para adiar a partida", conta a técnica.
Outro desfalque foi o da pivô Leila, que também é segurança de uma casa noturna. Titular do time, ela ficou grávida no meio do torneio. Não pôde jogar mais.


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