São Paulo, Terça-feira, 25 de Janeiro de 2000


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FUTEBOL
Técnico quer o final das vaias para a seleção brasileira sub-23
Luxemburgo pede trégua para torcida de Londrina

SÉRGIO RANGEL
enviado especial a Londrina

O técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, pediu uma trégua para a torcida de Londrina, que vaiou o time nos dois primeiros jogos do Torneio Pré-Olímpico. Na quarta-feira, dia da estréia da seleção no torneio, o time foi vaiado ao empatar com o Chile, por 1 a 1. No domingo, a torcida novamente vaiou os jogadores brasileiros na vitória sobre o Equador, por 2 a 0.
Amanhã, a seleção enfrenta a Venezuela. O time precisa da vitória para continuar com chances no Pré-Olímpico. Apenas dois times se classificam para a fase final da competição. Atualmente, a seleção está em terceiro lugar. ""Peço para que quem for ao estádio, não se volte contra o time. Se for assim, vai acabar criando instabilidade dentro do grupo."
""Jogar um Pré-Olímpico, onde os times se equivalem, o apoio da torcida durante os 90 minutos é importante. Quando encontramos dificuldades, temos que contar com a torcida. Não quero que os torcedores sejam um fator positivo para o time adversário", acrescentou Luxemburgo.
Além do comportamento crítico dos torcedores de Londrina, o público está abandonando a seleção. Na estréia, o estádio ficou lotado (40 mil). No domingo, pouco mais de 20 mil pessoas assistiram ao jogo -quase a metade da lotação do estádio.
Para o jogo de amanhã, o público poderá ser menor. "'Estamos no Brasil, quem tem que sentir a pressão é o adversário. Se o torneio fosse na Argentina ou em qualquer outro país, os torcedores rivais se voltariam contra a gente. Aqui, tem que ser do mesmo jeito", disse o treinador.
Luxemburgo também não escondeu o descontentamento com os canais de televisão que durante o jogo de domingo instalaram microfones perto do banco de reservas da seleção. Durante a transmissão, o treinador falou uma série de palavrões. ""Já pedi diversas vezes para que os microfones sejam retirados dali, mas isso não depende de mim. O pior é que quem entra na casa das pessoas sou eu. Muitas pessoas acham que eu sou mal educado, o que não sou", disse o treinador.
""Palavrão é normal quando estamos trabalhando. Com exceção do Parreira (técnico do Fluminense), todos nós falamos. Às vezes, é apenas um desabafo. Não vou ficar pedindo por favor durante um jogo para um atleta".
Luxemburgo só vai definir hoje o time que enfrentará a Venezuela, amanhã à noite, no estádio do Café. ""Só vou falar do time amanhã (hoje)", afirmou.
A Venezuela é o mais fraco adversário da seleção no Grupo A.
Para o jogo de amanhã, o goleiro Sílvio, do São Caetano, poderá deixar o time. Fábio Costa, do Vitória, deverá ser o substituto. Luxemburgo poderá também abolir o esquema com três volantes.



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