São Paulo, Terça-feira, 25 de Janeiro de 2000


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Maradona chora e quer treinar Cuba

das agências internacionais

Maradona chorou durante a visita que recebeu de Fidel Castro, segundo revelou ontem Alfredo Cahe, médico do ex-jogador.
"Comandante, é muito fácil entrar e extremamente difícil sair desse negócio das drogas", disse o argentino ao presidente cubano, de acordo com Cahe.
Foi a primeira visita de Fidel ao ex-jogador desde que ele chegou à Cuba, há uma semana. A visita teve como justificativa o aniversário da mulher de Maradona.
Como retribuição, o argentino se ofereceu para trabalhar com as crianças cubanas e com a seleção de futebol do país depois de sua reabilitação.
"Isso que o senhor está fazendo por mim não posso pagar com dinheiro. Quero, entretanto, pagar com trabalho. Quero ensinar futebol aos meninos de Cuba, se o senhor me permitir. Também quero ser o técnico da seleção cubana", propôs a Fidel, que não deu uma resposta a Maradona, mas se mostrou grato pela disposição do ex-jogador.
Em Cuba, o tratamento de saúde é gratuito para a população local, mas pago para os estrangeiros. Entretanto, o atendimento de Maradona também está sendo gratuito. O jogador foi oficialmente convidado pelo governo para se tratar no país.
O encontro aconteceu no último sábado, no Centro de Saúde de Pradera, em Havana, onde o ex-jogador está sendo submetido a um tratamento para viciados.

Transferência
Maradona deve deixar a clínica de Havana em breve.
Os médicos cubanos que cuidam do jogador afirmaram que o tratamento vai se intensificar e existe a possibilidade de que ele seja transferido para a província de Holguín, onde deve ficar internado por três meses.
O tratamento atual se restringe a exercícios na piscina e muito descanso. O ex-jogador ainda conta com a companhia da esposa, da mãe e das duas filhas.
"Desde que chegou aqui, Maradona melhorou muito e já não toma sedativos", afirmou o médico particular do argentino à uma emissora de rádio.



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