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São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 2003

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Time faz propaganda da prefeitura no Paulista

DA REPORTAGEM LOCAL

Para retribuir o apoio dado pela prefeitura da sua cidade, o Santo André vai fazer na sua camisa, durante o Campeonato Paulista, propaganda de um projeto criado ainda na gestão de Celso Daniel.
O "Mais Igual", principal programa de inclusão social do município do Grande ABC, que já foi premiado pela ONU, foi idealizado por Míriam Belchior, que foi casada com o ex-prefeito e hoje trabalha como assessora especial do presidente Lula.
A propaganda institucional de uma prefeitura, fato dos mais raros no futebol brasileiro, será uma espécie de pagamento do clube pela ajuda recebida.
Além de procurar patrocinadores para o Santo André, a prefeitura ajuda o time de outras formas. "A prefeitura nos cede gratuitamente o estádio Bruno José Daniel, sem custo operacional algum", diz Jairo Livólis, presidente da equipe andreense.
O estádio municipal, que leva o nome do pai de Celso Daniel, que também foi prefeito do município, serve ainda como alojamento para os jogadores das categorias de base do clube, que hoje decide a Copa São Paulo de juniores.
"Isso é uma retribuição do Santo André por tudo que a prefeitura tem feito por ele", diz Celso Luiz Almeida, diretor de esportes da administração petista.
Realmente o Santo André tem muitos motivos para gratidão.
A sede poliesportiva do clube, que, segundo os dirigentes, tem papel decisivo no crescimento do time de futebol, foi construída em um terreno cedido pela prefeitura, em forma de comodato, com mais de 60 mil metros quadrados.
O Santo André vai poder gozar, segundo Almeida, do terreno por 50 anos. O poliesportivo tem, de acordo com os dirigentes, 30 mil sócios, que colaboram para a saúde financeira do clube.

Bons resultados
Saneada, a agremiação do ABC fez pesados investimentos nas categorias de base que começam a render os frutos agora.
Em 1998, o clube criou o projeto "Jovem Santo André". Para todas as categorias amadoras foram montadas comissões técnicas completas e uma vasta rede de olheiros pelo Estado.
Os primeiros resultados concretos apareceram no ano passado. Dois jogadores formados no Santo André disputaram a primeira divisão do Brasileiro emprestados a outros clubes -Ramalho, no Vitória da Bahia, e Fábio Santos, no vizinho São Caetano.
O time sub-20, que agora brilha na Copa São Paulo, também foi bem no Campeonato Paulista de 2002 -chegou às semifinais, quando perdeu para o Palmeiras, o mesmo rival na decisão de hoje no estádio do Pacaembu.
Nos profissionais, o trabalho também rendeu bons resultados.
O Santo André, que viveu um bom período nos anos 80, quando disputou até o Nacional, ficou metade da década passada na segunda divisão. Em 2001, já com a diretoria atual, conseguiu voltar à elite de São Paulo. (PC)


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