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Time faz propaganda da prefeitura no Paulista
DA REPORTAGEM LOCAL
Para retribuir o apoio dado pela
prefeitura da sua cidade, o Santo
André vai fazer na sua camisa, durante o Campeonato Paulista,
propaganda de um projeto criado
ainda na gestão de Celso Daniel.
O "Mais Igual", principal programa de inclusão social do município do Grande ABC, que já foi
premiado pela ONU, foi idealizado por Míriam Belchior, que foi
casada com o ex-prefeito e hoje
trabalha como assessora especial
do presidente Lula.
A propaganda institucional de
uma prefeitura, fato dos mais raros no futebol brasileiro, será uma
espécie de pagamento do clube
pela ajuda recebida.
Além de procurar patrocinadores para o Santo André, a prefeitura ajuda o time de outras formas.
"A prefeitura nos cede gratuitamente o estádio Bruno José Daniel, sem custo operacional algum", diz Jairo Livólis, presidente
da equipe andreense.
O estádio municipal, que leva o
nome do pai de Celso Daniel, que
também foi prefeito do município, serve ainda como alojamento
para os jogadores das categorias
de base do clube, que hoje decide
a Copa São Paulo de juniores.
"Isso é uma retribuição do Santo André por tudo que a prefeitura tem feito por ele", diz Celso
Luiz Almeida, diretor de esportes
da administração petista.
Realmente o Santo André tem
muitos motivos para gratidão.
A sede poliesportiva do clube,
que, segundo os dirigentes, tem
papel decisivo no crescimento do
time de futebol, foi construída em
um terreno cedido pela prefeitura, em forma de comodato, com
mais de 60 mil metros quadrados.
O Santo André vai poder gozar,
segundo Almeida, do terreno por
50 anos. O poliesportivo tem, de
acordo com os dirigentes, 30 mil
sócios, que colaboram para a saúde financeira do clube.
Bons resultados
Saneada, a agremiação do ABC
fez pesados investimentos nas categorias de base que começam a
render os frutos agora.
Em 1998, o clube criou o projeto
"Jovem Santo André". Para todas
as categorias amadoras foram
montadas comissões técnicas
completas e uma vasta rede de
olheiros pelo Estado.
Os primeiros resultados concretos apareceram no ano passado.
Dois jogadores formados no Santo André disputaram a primeira
divisão do Brasileiro emprestados
a outros clubes -Ramalho, no
Vitória da Bahia, e Fábio Santos,
no vizinho São Caetano.
O time sub-20, que agora brilha
na Copa São Paulo, também foi
bem no Campeonato Paulista de
2002 -chegou às semifinais,
quando perdeu para o Palmeiras,
o mesmo rival na decisão de hoje
no estádio do Pacaembu.
Nos profissionais, o trabalho
também rendeu bons resultados.
O Santo André, que viveu um
bom período nos anos 80, quando
disputou até o Nacional, ficou
metade da década passada na segunda divisão. Em 2001, já com a
diretoria atual, conseguiu voltar à
elite de São Paulo.
(PC)
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