DA REPORTAGEM LOCAL

Nas arquibancadas, o aumento no número de paulistanos que dizem não ter clube do coração parece ser mais forte que a fidelidade aos grandes clubes locais.
A cidade deixou de ser um dos campeões de bilheteria no Campeonato Brasileiro da Série A.
Prova disso aconteceu na edição do ano passado. Antes dono de médias caseiras que ultrapassavam com frequência os 30 mil pagantes por partida, o Corinthians terminou sua participação no primeiro Brasileiro de pontos corridos no modesto 13º posto no ranking de bilheteria, com apenas 8.541 fãs por partida.
O São Paulo foi um pouco melhor, mas também ficou longe do pódio nos ingressos vendidos. Apesar da boa campanha (o time conseguiu vaga na Libertadores), foi o oitavo em público, com quase 11 mil torcedores por jogo.
Em 2003, a presença maciça dos paulistanos nos estádios só aconteceu na vitoriosa campanha palmeirense na segunda divisão. Na campanha em que garantiu sua volta à elite, o time teve, em média, mais de 20 mil pagantes por duelo no Parque Antarctica.
A atual temporada, entretanto, começou sem o mesmo entusiasmo. Na última quarta-feira, na estréia do time no Paulista, o Palmeiras jogou na sua casa com as arquibancadas, a R$ 20, praticamente vazias. O mesmo aconteceu no Morumbi, onde o São Paulo abriu sua participação na competição diante da Ponte Preta.



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