São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Com dois gols do atacante Sorato, 34, Marília vira e impõe primeira derrota no Paulista à equipe de Jair Picerni

Experiência e apatia vencem o Palmeiras

MARCUS VINICIUS MARINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A experiência adquirida nos vários confrontos entre Palmeiras e Marília na Série B em 2003 de nada adiantou a Jair Picerni, que, na tarde de ontem, viu seu time cair por 2 a 1, em Presidente Prudente.
Se no ano passado o Palmeiras teve triunfos em três partidas, em 2004 a experiência que contou foi outra: a do atacante veterano Sorato, 34, que marcou dois gols e foi o grande destaque da partida, a primeira derrota do Palmeiras no Campeonato Paulista.
Apesar de, antes do jogo, a equipe de Jair Picerni ser líder do Grupo 2, o que o público de maioria palmeirense -apesar de o time do interior ser o mandante- viu foi um Palmeiras burocrático e muito lento na saída de bola.
O clube da capital até começou o jogo pressionando, utilizando a seu favor as amplas dimensões do campo para explorar as descidas freqüentes de seus laterais, que criavam situações de perigo.
Logo aos 2min, o time criou a primeira chance de gol do jogo. Diego Souza ajeitou a bola para Baiano, que chutou na rede, pelo lado de fora. Aos 15min, por sua vez, Lúcio fez jogada individual e tomou um tranco de Jaiminho, que o juiz interpretou como pênalti. O centroavante Vágner bateu e abriu o placar: 1 a 0.
A partir do gol, o jogo mudou. O Marília -que levou a partida para Prudente porque seu estádio está em reforma- começou a explorar os buracos no meio da defesa do Palmeiras, com triangulações rápidas entre Éder, Márcio Griggio e Sorato, e passou a dominar completamente.
Não demorou muito para que a superioridade se transformasse em gol. Aos 21min, João Marcos cobrou falta na esquerda, Romildo ajeitou de cabeça, e Sorato completou pelo alto. Era o empate da equipe de Marília.
O gol fez com que o Palmeiras se perdesse em campo e falhasse muito na marcação pelo meio. Nove minutos após o empate, Márcio Griggio fez bela jogada de calcanhar, e a bola sobrou para Sorato, que virou e bateu sem defesa de fora da área: 2 a 1. Um Palmeiras desorganizado quase levou ainda um terceiro gol de Sorato, que avançou pela esquerda e bateu para fora, pouco antes do fim do primeira etapa.
No segundo tempo, Jair Picerni promoveu a mudança tática que já havia salvado o Palmeiras no primeiro jogo, no meio de semana, contra o Paulista: sacou Élson e colocou Muñoz, passando a atuar com três atacantes.
A nova postura fez bem aos palmeirenses, que passaram a pressionar. Aos 8min, Edmílson entrou pela direita, e o zagueiro Wladmir salvou o Marília, interceptando a bola na pequena área. Aos 13min, Vágner exigiu boa defesa do goleiro Marcelo Cruz.
O Marília, no entanto, ainda levava perigo nos contragolpes e foi pouco a pouco retomando o domínio da partida. Acertou, por exemplo, uma bola na trave com Daniel, que havia entrado no lugar de Márcio Griggio.
Restaram ao Palmeiras os ataques em desespero e dois perigosos chutes de Baiano de fora da área, que exigiram grandes defesas de Marcelo Cruz, um dos destaques do jogo. No fim, no entanto, prevaleceu a experiência do ataque do Marília, que manteve a posse de bola e o resultado.



Texto Anterior: Futebol - Tostão: Basta um empate
Próximo Texto: Panorâmica - Futebol: Sete partidas fecham rodada da Série A-2
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.