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FUTEBOL
Com dois gols do atacante Sorato, 34, Marília vira e impõe primeira derrota no Paulista à equipe de Jair Picerni
Experiência e apatia vencem o Palmeiras
MARCUS VINICIUS MARINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A experiência adquirida nos vários confrontos entre Palmeiras e
Marília na Série B em 2003 de nada adiantou a Jair Picerni, que, na
tarde de ontem, viu seu time cair
por 2 a 1, em Presidente Prudente.
Se no ano passado o Palmeiras
teve triunfos em três partidas, em
2004 a experiência que contou foi
outra: a do atacante veterano Sorato, 34, que marcou dois gols e
foi o grande destaque da partida, a
primeira derrota do Palmeiras no
Campeonato Paulista.
Apesar de, antes do jogo, a equipe de Jair Picerni ser líder do Grupo 2, o que o público de maioria
palmeirense -apesar de o time
do interior ser o mandante- viu
foi um Palmeiras burocrático e
muito lento na saída de bola.
O clube da capital até começou
o jogo pressionando, utilizando a
seu favor as amplas dimensões do
campo para explorar as descidas
freqüentes de seus laterais, que
criavam situações de perigo.
Logo aos 2min, o time criou a
primeira chance de gol do jogo.
Diego Souza ajeitou a bola para
Baiano, que chutou na rede, pelo
lado de fora. Aos 15min, por sua
vez, Lúcio fez jogada individual e
tomou um tranco de Jaiminho,
que o juiz interpretou como pênalti. O centroavante Vágner bateu e abriu o placar: 1 a 0.
A partir do gol, o jogo mudou. O
Marília -que levou a partida para Prudente porque seu estádio
está em reforma- começou a explorar os buracos no meio da defesa do Palmeiras, com triangulações rápidas entre Éder, Márcio
Griggio e Sorato, e passou a dominar completamente.
Não demorou muito para que a
superioridade se transformasse
em gol. Aos 21min, João Marcos
cobrou falta na esquerda, Romildo ajeitou de cabeça, e Sorato
completou pelo alto. Era o empate
da equipe de Marília.
O gol fez com que o Palmeiras se
perdesse em campo e falhasse
muito na marcação pelo meio.
Nove minutos após o empate,
Márcio Griggio fez bela jogada de
calcanhar, e a bola sobrou para
Sorato, que virou e bateu sem defesa de fora da área: 2 a 1. Um Palmeiras desorganizado quase levou ainda um terceiro gol de Sorato, que avançou pela esquerda e
bateu para fora, pouco antes do
fim do primeira etapa.
No segundo tempo, Jair Picerni
promoveu a mudança tática que
já havia salvado o Palmeiras no
primeiro jogo, no meio de semana, contra o Paulista: sacou Élson
e colocou Muñoz, passando a
atuar com três atacantes.
A nova postura fez bem aos palmeirenses, que passaram a pressionar. Aos 8min, Edmílson entrou pela direita, e o zagueiro
Wladmir salvou o Marília, interceptando a bola na pequena área.
Aos 13min, Vágner exigiu boa defesa do goleiro Marcelo Cruz.
O Marília, no entanto, ainda levava perigo nos contragolpes e foi
pouco a pouco retomando o domínio da partida. Acertou, por
exemplo, uma bola na trave com
Daniel, que havia entrado no lugar de Márcio Griggio.
Restaram ao Palmeiras os ataques em desespero e dois perigosos chutes de Baiano de fora da
área, que exigiram grandes defesas de Marcelo Cruz, um dos destaques do jogo. No fim, no entanto, prevaleceu a experiência do
ataque do Marília, que manteve a
posse de bola e o resultado.
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