São Paulo, terça, 25 de fevereiro de 1997.

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FPF busca apoio de Pelé

da Reportagem Local

O ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, deve tornar-se um dos trunfos do presidente da FPF, Eduardo José Farah, na disputa política com Ricardo Teixeira, dirigente máximo da CBF.
Pelé e Teixeira são inimigos desde que Pelé fez denúncia de corrupção na CBF, em 1993. Na ocasião, o atual ministro disse que tinha havido fraude numa licitação promovida pela entidade.
Por essa entrevista, Pelé está sendo processado por Teixeira. Em contraposição, o ex-jogador conseguiu na Justiça que a CBF o indenizasse por usar sua imagem num álbum de figurinhas.
Desde então, ambos vêm trocando críticas.
Farah aproveitou-se dessa inimizade para se aproximar de Pelé. O ministro, mesmo contra os conselhos de assessores e amigos, não repeliu o dirigente paulista. Apenas recusou o título de presidente de Honra da FPF, no início do ano.
Pelé pode ajudar Farah, contribuindo para enterrar de vez a era de João Havelange (sogro de Teixeira) na Fifa e, dentro do Brasil, usando o seu prestígio como ministro e introduzindo modificações na legislação.
Mas o apoio de Pelé tem pontos fracos. Por um lado, ele se indispôs com os clubes ao baixar a resolução que eleva as chances de um jogador conseguir passe livre.
Por outro, ele provavelmente não será mais ministro quando acontecer a próxima eleição da entidade, em janeiro do ano 2000.

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