São Paulo, domingo, 25 de abril de 2004

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FUTEBOL

Time, que nunca perdeu para o Paysandu, ajusta defesa e prepara variação tática para se reabilitar no Brasileiro

Em casa, Corinthians vê rival sob medida

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para um time em crise e sem confiança, nada melhor do que um freguês histórico para dar a volta por cima. E o Corinthians tem pela frente hoje, às 16h, no estádio do Pacaembu, um time a caráter para buscar a reabilitação no Brasileiro: o Paysandu.
Nos 12 confrontos diretos entre os dois times, o Corinthians está invicto: sete vitórias e cinco empates. Nos duelos em Brasileiros, a história se repete: seis vitórias corintianas e três empates.
Para melhorar ainda mais o panorama, o técnico Artur Neto, do Paysandu, já enfrenta críticas ao seu trabalho por mudar a estrutura do time paraense, depois de iniciar o Brasileiro com um empate em casa diante do Fluminense.
Já Oswaldo de Oliveira tenta ser mais pragmático, esquiva-se dos números e minimiza a situação do rival. "Vamos jogar em casa, diante de nossa torcida, e temos que ter confiança para mostrar o nosso futebol e buscar a vitória", afirmou o treinador corintiano.
Dispostos a fazer o Paysandu pagar a conta da derrota de 3 a 2 para a Ponte Preta, na estréia, o zagueiro Váldson disse que não tem oportunidade melhor para o Corinthians dar a volta por cima.
"Vamos jogar em São Paulo, diante da nossa torcida, e num estádio que é conhecido como a casa do Corinthians. O time está evoluindo, e vamos mostrar isso em campo", afirmou o zagueiro.
Os jogadores acreditam que o fato de o time ter um bom retrospecto diante do adversário acaba ajudando psicologicamente.
O meia Renato, que vai jogar improvisado na lateral, atuou na goleada sobre o Paysandu por 6 a 1 em pleno Pacaembu no ano passado -em Belém houve empate (2 a 2)- e disse que o Corinthians precisa recuperar o entusiasmo. "A fase era boa. A gente chutava, e a bola entrava. Mas agora temos que correr dobrado para buscar a vitória e voltar aos bons tempos."
Mas, apesar da confiança, o técnico corintiano perdeu tempo para corrigir um erro que foi determinante para o mau começo da equipe no torneio: as jogadas de bola parada. "Falei com os jogadores e adverti, de forma educada, sobre o posicionamento. Não podemos repetir os erros da derrota para a Ponte Preta", afirmou.
No novo posicionamento, o treinador corintiano elegeu seus homens de confiança: Ânderson, Váldson, Rincón e Fabinho.
"Conversamos e vimos o que estava errado. Agora é entrar e desenvolver o nosso jogo com serenidade", disse Oliveira.
O elemento surpresa vai ser a outra arma do Corinthians contra o rival. Segundo Oliveira, o tradicional 4-4-2 pode se transformar num 3-5-2 de acordo com o desempenho do Paysandu.
"Será uma variável do esquema que pode mudar e, depois, voltar ao 4-4-2. Isso vai ser resolvido dentro de campo conforme o andamento da partida."
No treinamento, o volante Rincón era a opção de saída de bola e se posicionava entre os dois zagueiros para distribuir o jogo. Outro cuidado era com a cobertura do meia Renato.
Já o Paysandu entra em campo para administrar as cobranças pelo empate em Belém. A palavra de comando do treinador Artur Neto é tranqüilizar a sua equipe para suportar a pressão do Corinthians no estádio do Pacaembu.


Colaborou a Agência Folha


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