São Paulo, domingo, 25 de abril de 2010

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JUCA KFOURI

Passa, passa, Paulistinha!


Bem mais importantes do que as decisões estaduais são os jogos deste meio de semana dos quatro grandes


FALA SÉRIO , santista!
Sua expectativa é maior para o jogo de hoje contra o Santo André ou para o de quarta-feira contra o Galo?
Sua resposta é a única que interessa, porque a mesma pergunta feita a corintianos, são-paulinos e palmeirense terá resposta tão óbvia que nem precisa perguntar.
A verdade é que a decisão, ou melhor, as decisões dos Estaduais neste domingo ficaram em plano secundário, exceção feita à em Porto Alegre, porque Gre-Nal é e sempre será Gre-Nal, ainda mais com os técnicos Paulo Silas e Jorge Fossati precisando se firmar.
No Rio, nem decisão-decisão teve ou terá, e em Minas e aqui virou jogo de gato e rato, porque nem o time do ABC nem o Ipatinga são rivais de Santos e Galo.
E Santos x Galo, futebolisticamente falando, será a grande atração da semana, porque a garotada da Vila é o rival a ser batido pelo país afora, único time não medíocre, na acepção do termo, de nosso futebol.
E ainda há o detalhe luxemburguês, que teve o grupo que Dorival Júnior tem nas mãos e não soube o que fazer com ele. Deve estar louquinho para provar que tinha razão e quem sabe por isso passe os próximos dias pensando só em futebol. O Mineirão viverá noite de gala.
E o Maracanã também.
Mas noite pesada, não só pela faxina em curso entre os rubro-negros como pela dureza precoce que os corintianos enfrentarão, embora tenham todas as condições, as políticas, inclusive, para se sair bem ao fim dos dois jogos.
Como o Santos, aliás, não só no Paulistinha mas também na Copa do Brasil.
Copa do Brasil que terá o adversário ideal para o Palmeiras, o sem camisa e sem torcida Atlético Goianiense, dessas iniciativas de empresários aventureiros que dão certo no começo, como o time está, de fato, dando, mas que tendem ao fracasso e ao escândalo.
Serão jogos para o Palmeiras levar a sério tecnicamente, mas para impor sua tradição, por mais que o time deixe a desejar. E ao São Paulo acabou por sobrar o menos difícil, o Universitario de Lima, obstáculo que não chega a ser assustador.
Longe deste escriba, no entanto, e que fique bem claro, desdenhar do jogo desta tarde com cara de Pacaembu em festa. Se o Santo André padece do mesmo mal do Atlético Goianiense, empresários nebulosos à testa, o time e a comissão técnica não têm nada a ver com isso e certamente serão capazes de desempenhar bem o papel de coadjuvantes que lhes cabe.
Coadjuvantes que, taí o Oscar para provar, às vezes se tornam mais importantes que os protagonistas, ou se transformam nos próprios protagonistas.
Já no Mineirão os papéis de atores principais estão reservados para Ganso, Neymar e Diego Tardelli, com Robinho podendo roubar a cena, embora a concorrência vá ser dura, de paletó e gravata. E, no Maracanã, um embate à parte: Imperador x Fenômeno.
Resta saber com que peso para cada um, ex-ídolos da Inter (dá-lhe, Barça!), ambos ainda sonhando com mais uma Copa do Mundo.
Semaninha divertida...

blogdojuca@uol.com.br


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