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São Paulo, domingo, 25 de maio de 2003

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PAINEL FC

Ata da discórdia
Cartolas que foram à reunião na sede da CBF dizem que não subscreveram ata apresentada por Ricardo Teixeira como prova de que foram só os clubes que pleitearam o motim. Os dirigentes alegam que só assinaram uma lista de presença, e que a tal ata, feita por Carlos Eugênio Lopes, só ficou pronta depois que eles saíram do prédio.

Maniqueísmo
Teixeira saiu-se com esta quando questionado se ficou irritado com Eurico Miranda, que disparou contra ele: "Se estou polarizando com o Eurico, acho que estou do lado certo".

Em mãos
O presidente do Vasco entregou a Aldo Rebelo, líder do governo e seu colega dos tempos de CPI da CBF/Nike, convite para que Lula vá a São Januário na festa de comemoração dos 60 anos da promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas.

Carestia
Eduardo Viana (Federação do RJ) foi o primeiro, mas será seguido por outros colegas. Presidentes de federações estaduais já anunciaram que querem cobrar dos clubes e da CBF aumento substancial dos ingressos para pagar a conta do estatuto.

Noite afora
Na madrugada de quarta, antes de ir para Brasília, Fábio Koff (Clube dos 13) elaborou de próprio punho parecer para contrariar o estatuto. Fez o estudo chegar às mãos de Agnelo Queiroz. Mas gostou da nota técnica do Ministério do Esporte.

Carona 1
Motim abortado, até clubes que defendiam a ida ao STF contra o Estatuto do Torcedor resolveram faturar. Mal chegou do México, o santista Marcelo Teixeira mandou seus funcionários adequarem a Vila Belmiro à nova lei e fazerem propaganda.

Carona 2
A Federação Paulista, que se manteve quieta até aqui, vai se pronunciar sobre o estatuto. Dirá que cumpre quase tudo há 15 anos, desde a entrada de Farah.

Provocação
O São Paulo avalia que se saiu melhor que o rival Corinthians no episódio do motim. Vangloria-se do fato de não ter feito "propaganda oportunista" por ter apoiado o governo.

Em negociação
As duas partes negam. Mas a cúpula do São Paulo e o técnico santista, Emerson Leão, continuam mantendo contato. Com um intermediário: Farah.

A última que morre
Diretores são-paulinos chegaram a torcer por um tropeço do Santos diante do Cruz Azul, na Libertadores da América. Acabaram frustrados. Mas acham que os mexicanos ainda podem aproximar Leão do Morumbi.

No escuro
O São Paulo não conseguiu encontrar parceiros, mas, mesmo assim, levará adiante a obra para instalar o telão de Copa do Mundo no Morumbi, que deveria ter sido inaugurado em fevereiro. Os são-paulinos apostam -e torcem para- que anunciantes se interessem pelo projeto depois de vê-lo concluído.

Fora da rede
As estrelas do badalado Santos ainda não atentaram para a internet. Nem Diego nem Robinho nem Fábio Costa nem Renato nem Ricardo Oliveira -nenhum dos craques mais festejados tem página na rede. O único que tomou a iniciativa foi o goleiro reserva Júlio Sérgio.

Vitrine quebrada
A candidatura da Nigéria à Copa de 2010 já saiu atrás. A África do Sul conseguiu levar para seus fãs a seleção inglesa, com Beckham e cia. Já os nigerianos, que vêem no jogo com o Brasil uma vitrine para a Copa, terão que se contentar com estrelas de quilate menor. Os esperados Ronaldo, Roberto Carlos e Rivaldo não darão as caras.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Marcílio Krieger, especialista em direito esportivo, sobre o Estatuto do Torcedor:
- Essa disputa virou uma briga particular de dois grupos. É por isso que não entro nessa.

CONTRA-ATAQUE

O contador que conta a dor

A lógica norte-americana de contabilizar os esportes como se fossem balancetes de empresa fez surgir os scouts, análises estatísticas de cada modalidade, torneio, equipe ou jogador.
A mania beira o besteirol quando, por exemplo, é divulgado que Rafael Palmeiro foi o 2º beisebolista a rebater seu 500º home run (mandar a bola fora do campo) no Dia das Mães.
Mas, como tudo que surge nos EUA se copia, os scouts chegaram até o Iraque de Saddam Hussein. Lá, Uday, filho do ex-ditador e todo-poderoso dos esportes do regime, criou uma contabilidade macabra. Quem relata é Samir Kazim, artilheiro da seleção local de futebol:
- Todos os jogo, o assistente técnico contava os erros de cada atleta. Um passe ou chute errado significava uma chicotada. Uma vez recebi 32 chibatadas.


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