EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria da parceria Corinthians/MSI cansou de esperar pelo atacante Gil. O clube fez proposta de renovação para o atleta e há meses aguarda uma resposta. Se ela não ocorrer nos próximos dias, ele deve ir para a reserva.
"Estou negociando com ele desde dezembro. Fizemos uma proposta, e eles não aceitaram. Pedi uma contraproposta e até agora ela não chegou. Vou ligar para o Gilmar Rinaldi [empresário de Gil]", afirmou à Folha o diretor da MSI, Paulo Angioni.
Caso o procurador não faça uma proposta, Angioni afirma que irá se reunir com a cúpula da parceria para definir a situação do atacante, cujo contrato vence no final deste ano.
Na avaliação dos corintianos, Gil está ganhando tempo para assinar um pré-contrato com outro clube. Pela Lei Pelé, um atleta está livre para negociar sua transferência seis meses antes do final do acordo sem o aval de seu empregador. Dessa forma, o Corinthians não receberia nada por uma eventual saída do atacante.
"A gente acha que ainda é cedo [para fazer proposta]. Nós prometemos ao Kia [Joorabchian, presidente da MSI] e ao Paulo que não faríamos nada sem o Corinthians saber", declarou Rinaldi.
Segundo ele, não há propostas para a saída de Gil, que já afirmou que gostaria de deixar o clube.
Enquanto está na iminência de perder Gil, o clube tem dificuldade na contratação do centroavante Liedson, do Sporting (POR).
Entre a MSI e o atleta já houve acerto financeiro, mas o clube português exige pelo menos 8 milhões (R$ 24,5 milhões) para vender o atleta. A quantia é considerada alta pela empresa, que avalia ter pouca chance de negociar posteriormente por cifra semelhante um jogador de 27 anos.
Em relação ao goleiro Hélton, do português União Leiria, ainda não houve consenso sobre quem deve pagar os 30% a que tem direito o atleta pela transferência.
Ontem, Angioni disse que o zagueiro Marquinhos e o lateral Fininho serão emprestados. O primeiro para o Atlético-MG, e o segundo, para o Juventude.


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