São Paulo, domingo, 25 de maio de 2008

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Quadril doía já na época de conquistas

DO ENVIADO A PARIS

As primeiras dores no quadril apareceram ainda no primeiro semestre de 2001, mas os primeiros diagnósticos apontavam problemas na virilha.
Mesmo com dores, Gustavo Kuerten colecionou ótimos resultados. No saibro, foi campeão em Montecarlo, Roland Garros e Stuttgart. Na quadra dura, venceu em Cincinnati.
O cumprimento do calendário com tratamento errado, porém, maltratou Guga, que ainda alcançou as quartas-de-final do Aberto dos EUA, mas depois ganhou só uma das últimas nove partidas da temporada.
"Foi quando o brasileiro começou a perceber que o corpo tem limite. Se você o força muito, pode passar do ponto em que não há mais retorno", escreveu Eric Frosio, em um especial sobre o brasileiro no site oficial de Roland Garros.
Mesmo com todos esses percalços, Guga conseguiu encerrar a temporada na segunda posição no ranking.
Começava então a luta para tentar resolver o problema, duas cirurgias no quadril, trocas de fisioterapeutas e técnico.
O tenista ainda conseguiu fazer alguns bons jogos, como na vitória sobre Roger Federer por 3 a 0 na terceira rodada de Roland Garros-2004, mas com o tempo percebeu que não tinha mais condições de encarar "os caras" de igual para igual.
"Peço desculpas à galera, mas é que eu não consigo mais", afirmou Guga à torcida, na Bahia, após perder para o argentino Carlos Berlocq, então 74º do mundo, na primeira partida de sua turnê de despedida. (FI)


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