São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2002

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MEMÓRIA

Rejeição da torcida é marca na carreira de meia-atacante

DOS ENVIADOS A SAITAMA

A rejeição sempre foi companheira de Rivaldo. Desde a infância na Vila da Chesf, bairro pobre de Paulista, município do Grande Recife, em Pernambuco, o meia-atacante é cercado de desconfiança por todos os lados.
Nas peladas no campinho da vila, era considerado o mais fraco dos três irmãos: o craque era Rinaldo, hoje com 33, e Ricardo, 34, era o segundo melhor.
No Santa Cruz, foi dispensado numa "peneira" dos juniores. Insistiu e, quando virou profissional do clube pernambucano, foi para a reserva e ouvia vaias da torcida quando entrava. Hoje, lembra com saudosismo dos primeiros passos no futebol.
"Meu sonho era ser profissional do Santa Cruz. Isso para mim já era o máximo. Aí você vê o seu talento, que as coisas não são tão difíceis", disse Rivaldo.
Questionado se naquela época pensava que viria a ser o maior destaque de uma Copa, o jogador do Barcelona (Espanha) diz: "Ninguém imagina. Tive possibilidade de sair de lá, jogar no Mogi Mirim... As coisas vão acontecendo e você nem se dá conta. Quando vê, está aqui".
No seu primeiro grande clube, o Corinthians, pelo qual atuou entre 1993 e 1994, também experimentou o banco de reservas em diversas ocasiões.
Mas seu maior momento de vilão se deu na Olimpíada de 1996, disputada em Atlanta, nos EUA, quando foi apontado como culpado pela eliminação do Brasil. Rivaldo perdeu a bola que originou gol da Nigéria na semifinal. (FV, FM, JAB, RBU E SR)


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