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MEMÓRIA
Rejeição da torcida é marca na carreira de meia-atacante
DOS ENVIADOS A SAITAMA
A rejeição sempre foi companheira de Rivaldo. Desde a infância na Vila da Chesf, bairro
pobre de Paulista, município do
Grande Recife, em Pernambuco, o meia-atacante é cercado de
desconfiança por todos os lados.
Nas peladas no campinho da
vila, era considerado o mais fraco dos três irmãos: o craque era
Rinaldo, hoje com 33, e Ricardo,
34, era o segundo melhor.
No Santa Cruz, foi dispensado
numa "peneira" dos juniores.
Insistiu e, quando virou profissional do clube pernambucano,
foi para a reserva e ouvia vaias
da torcida quando entrava. Hoje, lembra com saudosismo dos
primeiros passos no futebol.
"Meu sonho era ser profissional do Santa Cruz. Isso para
mim já era o máximo. Aí você vê
o seu talento, que as coisas não
são tão difíceis", disse Rivaldo.
Questionado se naquela época
pensava que viria a ser o maior
destaque de uma Copa, o jogador do Barcelona (Espanha) diz:
"Ninguém imagina. Tive possibilidade de sair de lá, jogar no
Mogi Mirim... As coisas vão
acontecendo e você nem se dá
conta. Quando vê, está aqui".
No seu primeiro grande clube,
o Corinthians, pelo qual atuou
entre 1993 e 1994, também experimentou o banco de reservas
em diversas ocasiões.
Mas seu maior momento de
vilão se deu na Olimpíada de
1996, disputada em Atlanta, nos
EUA, quando foi apontado como culpado pela eliminação do
Brasil. Rivaldo perdeu a bola
que originou gol da Nigéria na
semifinal.
(FV, FM, JAB, RBU E SR)
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