ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

Era só o que faltava. Olha o cabelo do Ronaldo. O atacante brasileiro é o mais recente jogador do time dos performáticos -ao menos na cabeça.
Depois do sucesso do "look" do inglês David Beckham, Ronaldo resolveu inovar e chamar a atenção com um novo -e exótico- corte de cabelo. Será que ele perdeu alguma aposta? Afinal, é a primeira vez que ele ousa ao desenhar sua careca. Está meio cuia, meio Cascão. Meio micoléu, não?
E força na máquina zero. Os cabelos mais inusitados desta Copa oscilam entre o o raspado e o repicado. Pra cima e para os lados.
Os primeiros contam com o norte-americano Clint Mathis, um verdadeiro tapetinho em estilo moicano, raspado nas laterais. É ok. Tem cultura de rua. Além do próprio Beckham, claro, o mais bem-sucedido, ícone fashion do ano.
Umit Davala, da Turquia, faz a linha do Ronaldo. De frente, parece um palito de fósforo. De lado, o cabelo vem baixinho, até o pescoço, desenhando a cabeça. Não chega a ser bonito, mas é bem diferente.
A sensação coreana Ahn Jung-hwan é do tipo malucão e contagia seus diabos vermelhos quando chacoalha o cabelo, rebelde.
E quando faz gols, então? Os cachos morenos vibram junto. Só não vão vibrar mais na Itália -terra do gel e da gomalina.
E um dos visuais mais bacanas é o do belga Mbo Mpenza. Espinafrado para cima, animado, compõe a festa e a ferveção de sua seleção. Esta Copa definitivamente vai mesmo entrar para a história da moda.


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