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POR QUÊ?
Islamismo pode ser bem pouco ortodoxo em território turco
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar dos esforços dos seguidores de Mustafá Kemal,
ou Ataturk (1881-1938), o primeiro presidente da República
da Turquia, que visavam a
afastar a religião das instituições, o islã permanece presente na vida dos turcos: o jejum é
majoritariamente respeitado
no Ramadã (mês sagrado),
boa parte dos fiéis faz suas preces diárias, e, frequentemente,
as regras religiosas constituem
a base da moral individual.
Entretanto, acima de tudo, a
Turquia é um Estado laico.
Desde 1928, as atividades religiosas são controladas pela Direção de Assuntos Religiosos,
que é ligada ao gabinete do primeiro-ministro. Assim, por
exemplo, os restaurantes não
são fechados durante o Ramadã, e o uso do véu islâmico em
escolas públicas é proibido.
A religião predominante no
país é o islamismo sunita
(80%). Há ainda uma importante minoria muçulmana alevita (19,8%) -que é xiita não-ortodoxa- e pequenos grupos de cristãos e de judeus.
Os alevitas têm a reputação
de terem sido particularmente
favoráveis ao estabelecimento
do regime republicano. Ainda
hoje, eles formam uma comunidade aberta às idéias inovadoras. Chamados de "protestantes do islamismo", os alevitas não costumam ir à mesquita, consideram as mulheres
iguais aos homens e podem
consumir bebidas alcoólicas
ou carne de porco.
Desde a fundação da República, em 1923, a paz religiosa
interna é uma das maiores
preocupações das autoridades.
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