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OS PERSONAGENS
Estrelas santistas foram invenções de "retranqueiro"
DA REPORTAGEM LOCAL
Ironia da bola, a gênese da
dupla Diego e Robinho, símbolo do "futebol moleque"
que o Santos leva a campo na
decisão de hoje, talvez não
ocorresse sem o dedo de um
dos treinadores brasileiros
mais perseguidos pela fama
de retranqueiro: Celso Roth.
Foi o gaúcho que lançou,
no início de 2002, as duas
maiores estrelas santistas.
O primeiro, Diego, logo na
estréia do Santos no Rio-São
Paulo, no dia 20 de janeiro.
O meia pisou no gramado
da Vila Belmiro aos 13min
do segundo tempo, substituindo Eduardo Marques, titular que há meses vinha arrastando a condição de promessa santista.
O novato não marcou, levou um cartão amarelo, mas
agradou. Ao término do torneio, já era titular da equipe.
Robinho estreou no profissional dois meses depois,
no dia 24 de abril, também
na Vila. Entrou no lugar de
Robert aos 41min do segundo tempo, em uma vitória
por 2 a 0 diante do Guarani.
Diferentemente de Diego,
porém, continuou no banco
ao longo do Rio-São Paulo.
"O Robinho era ainda
mais franzino do que hoje.
Tínhamos receio de um choque forte", explica Roth.
Robinho, no entanto, deve
ainda mais a outro "retranqueiro": o ex-volante Zito,
hoje dirigente santista.
"No começo de 2002, fui
assistir à estréia dos juniores
do Santos na Copa São Paulo
e relacionei sete jogadores
para o profissional. O Diego
estava lá. O Robinho não jogou e não entrou na lista",
afirma Roth, que dirige o
Atlético-MG no Brasileiro.
"No dia seguinte, o Zito
me procurou e pediu para
que eu deixasse o Robinho
treinar por uma semana.
Aceitei e, depois de dois dias,
fiquei pasmo, sem entender
por que ele não jogava entre
os juniores", completou.
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