São Paulo, segunda-feira, 25 de junho de 2007

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JUCA KFOURI

E o México assusta a seleção

Derrotados pelos norte-americanos na final da Copa Ouro, os mexicanos estão entrosados ou cansados?

NESTA QUARTA-FEIRA, a Copa América começa para a seleção da CBF.
Copa América que é o mais antigo torneio entre seleções nacionais da história do futebol mundial e que era uma grande atração quando se chamava Campeonato Sul-Americano, como nasceu, em 1916.
De lá para cá muita coisa mudou, o interesse pelo torneio caiu sensivelmente no Brasil e ainda mais agora, quando o time da CBF vive uma inegável (a não ser para os ufanistas de plantão) crise de relacionamento com a torcida nacional, num divórcio já quase litigioso.
Mas é o que temos no momento e sem a equipe principal.
Daí, também, o temor em torno do jogo de estréia contra o México, que vem em ritmo de competição, após jogar seis vezes pela Copa Ouro, que acaba de perder.
Resta saber se pesará mais o entrosamento ou o cansaço dos mexicanos que emendam duas competições pós-temporada local.
O fato é que os mexicanos, que passaram 14 jogos sem vencer os brasileiros entre 1968 e 1999, com apenas três empates, de lá para cá, em seis partidas, venceram três e perderam somente uma.
Sua campanha na Copa Ouro, porém, é de doer: vitória sobre Cuba (?!) por 2 a 1; e sobre Panamá, Costa Rica, Guadalupe (?!!!) tudo por 1 a 0.
Fora uma derrota para Honduras, por 1 a 2. E outra, na final, para os Estados Unidos, também por 1 a 2. Só falta agora ver o México, país sede da Copa de 70, que se casou de vez o povo brasileiro, da direita à esquerda, com a seleção no duro período da ditadura militar, botar mais um ingrediente nas gélidas relações entre a torcida brasileira e a camisa amarelinha.
Mas, francamente, não dá para temê-lo. Receio só diante da Argentina, favorita, como na Copa América passada, que o Brasil ganhou...

A rodada
Clássico sensacional foi em Minas, lembrando os velhos Cruzeiro e Atlético dos anos 60. E, como então, deu Raposa. O Galo conseguiu empatar um jogo que perdia por 2 a 0, desperdiçou um pênalti inexistente, e, em seguida, tomou dois gols literalmente fulminantes.
Já o clássico da Vila Belmiro teve um tempo e um time só: o do São Paulo. Os 2 a 0 surgiram ao natural e deixaram o Santos em situação delicadíssima, o que torna ainda mais candente a certeira coluna de Marcelo Damato, no diário "Lance!" de ontem: em matéria de custo/benefício, Vanderlei Luxemburgo vale a pena?
Do texto, só discordo quando é dito que o treinador é unanimemente apontado como o melhor. Para o meu time, antes dele, escolheria sem piscar, gente como Felipão, Autuori, Parreira. Depois desses, saltaria uma casa em busca de alguém que não exija mandar tanto por tão pouco resultado.
E o Palmeiras prova que má fase é má fase. Jogou melhor que o Furacão no primeiro tempo e tomou o gol no único ataque paranaense.
Quando reagia, a zaga desviou para Alex Mineiro matar o jogo. Será preciso muita calma nesta hora.

KIRRATA
O Boca Jrs. venceu só um duelo, e não dois como aqui dito ontem, com o Cruzeiro, na Libertadores.


blogdojuca@uol.com.br

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