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FUTEBOL
Técnico havia imaginado convocar até 35 jogadores nas eliminatórias
Rodízio de Luxemburgo já
chega aos 39 e repete 1966
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico da seleção brasileira,
Wanderley Luxemburgo, errou
feio nas previsões de convocação
para as eliminatórias da Copa.
O treinador esperava convocar
entre 30 e 35 jogadores para a
competição, mas, com a convocação do lateral-direito Belletti para
o jogo de amanhã contra a Argentina, em São Paulo, já são 39 os
atletas chamados para o torneio.
Detalhe: foram disputadas apenas cinco das 18 rodadas das eliminatórias, que classificam quatro seleções para a Copa-2002.
Caso a competição terminasse
hoje, o Brasil, que caiu para quinto ao perder para o Paraguai na
semana passada, teria que disputar uma vaga na repescagem contra um representante da Oceania.
""Estamos trabalhando com
uma lista de 35 jogadores para a
disputa das eliminatórias. Entre
eles, todos podem ser convocados", disse Luxemburgo após o
segundo jogo nas eliminatórias,
contra o Equador.
A indefinição do time brasileiro
é evidente. O Brasil começou os
cinco jogos do torneio até agora
com formações diferentes. Para a
partida de amanhã não será diferente. Luxemburgo deverá trocar
cinco jogadores em relação ao time que perdeu do Paraguai.
A situação é semelhante à vivida
pelo Brasil na preparação para a
Copa de 1966, quando a seleção
não repetiu o mesmo time nos 20
jogos que antecederam o Mundial
-o time, que teve 45 jogadores
convocados para a Copa, foi eliminado ainda na primeira fase.
Até agora, Luxemburgo chamou para as eliminatórias três goleiros, seis laterais, sete zagueiros,
12 meio-campistas e 11 atacantes.
Nenhum dos setores da equipe
está definido. Na defesa, o companheiro de Antônio Carlos na zaga
é uma incógnita. A saída polêmica de Cafu da seleção deixou uma
interrogação na lateral direita.
No meio-campo, várias formações foram experimentadas, e o
volante Emerson aparece como a
única certeza de Luxemburgo
-Rivaldo pode ser aproveitado
no ataque já contra a Argentina.
O ataque até agora foi nulo. Nenhum dos 11 jogadores de frente
convocados marcaram -só o
meia-atacante Rivaldo e o zagueiro Antônio Carlos marcaram.
""Como treinador, tenho que
procurar a melhor solução. Não
posso ser omisso", disse Luxemburgo, justificando tantas trocas.
Luxemburgo, além de suas dúvidas, sofreu com jogadores contundidos e suspensos. Até por isso, abriu espaço na seleção para
""pára-quedistas", atletas de qualidade discutível que ficam até surpresos ao receber a notícia da
convocação, caso de Belletti.
Outro reflexo está na repetição
do time titular. Apenas dois jogadores atuaram em todos os cinco
jogos: Dida e Roberto Carlos.
Na Argentina, a situação é oposta: o atacante Batistuta, por contusão, é o único titular que não
participou de todos os jogos.
"A Argentina não mudou porque vem ganhando. Não se criam
dúvidas em um time que está
bem", interpretou Alex.
(FÁBIO VICTOR E RODRIGO BUENO)
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