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SAIBA MAIS
Superpopulações nem sempre ajudam a ganhar medalhas
DA REPORTAGEM LOCAL
Ter uma população gigantesca tem ajudado a China a
ser uma potência esportiva,
mas não vale para outros países. Das 11 nações com mais de
100 milhões de habitantes, sete
patinam ou ainda não sentiram o gosto do pódio nos Jogos de Atenas.
Bangladesh, Brasil, Índia, Indonésia, México, Nigéria e Paquistão têm juntos mais de 2
bilhões de habitantes, ou quase um terço da população
mundial. Mas estas nações estão longe de ter a mesma representação nas delegações
olímpicas. A desproporção é
ainda maior nos pódios.
Os sete países têm 5,4% dos
atletas inscritos na Grécia e
apenas 1,64% das medalhas já
distribuídas até aqui.
Em termos históricos, esse
grupo também decepciona. A
melhor posição é a do Brasil,
num modesto 37º lugar. Com
2,9% dos habitantes do planeta, a participação nas medalhas em Atenas é ínfima: 0,7%.
Com seus quase 160 milhões
de habitantes, o Paquistão tem
só dez medalhas na história,
sendo que oito foram conquistadas no hóquei sobre a grama.
O paupérrimo Bangladesh,
de 141 milhões de habitantes, o
equivalente a 2,2 % da população mundial, nunca conseguiu
ir ao pódio olímpico.
A Índia, com mais de 16%
dos habitantes do globo, aparece com apenas 0,2% de participação nos pódios gregos.
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