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FUTEBOL
Técnico convoca Paulinho Villas Boas para dizer que vitória sobre EUA é possível
Renê usa triunfo do basquete no Pan-87 para inspirar seleção
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS
Uma vitória histórica sobre o favoritíssimo time dos EUA.
É o que a seleção feminina de futebol vai buscar amanhã, em Atenas, na decisão do ouro. É o que a
equipe masculina de basquete
conseguiu há 17 anos, no Pan-Americano de Indianápolis.
O triunfo do time liderado por
Oscar, Marcel e Maury virou
exemplo para o grupo dirigido
por Renê Simões. Que, hoje, ouvirá uma palestra de Paulinho Villas
Boas, ala reserva naquela edição
do Pan e que, como membro do
COB, está em Atenas.
"Numa final como essa, é necessária muita tranqüilidade. A rivalidade de Brasil e EUA no feminino é igual à com os argentinos no
masculino", disse o técnico. "Por
isso, é importante ouvir o Paulinho. Ele fez história, participou
daquele jogo. Quero que ele conte
tudo para elas."
No dia 23 de agosto de 1987, a
seleção de basquete virou uma
desvantagem de 22 pontos no início do segundo tempo e venceu os
EUA, em Indianápolis, por 120 a
115 na decisão do Pan. Foi a primeira vez na história que os americanos foram batidos em casa.
A seleção feminina agora se depara com uma situação parecida.
Enquanto o Brasil nunca conseguiu uma medalha no torneio feminino de futebol dos Jogos, as
americanas têm duas em duas
participações: ouro em Atlanta e
prata em Sydney. Os EUA são bicampeões mundiais (91 e 99). E
contam com um retrospecto arrasador diante das brasileiras.
Desde a primeira partida, em
1986, foram 21 partidas, com 20
vitórias americanas. O Brasil marcou 11 gols. E tomou 55.
Nesta Olimpíada, os dois times
já se encontraram. Foi pela primeira fase: 2 a 0 para os EUA.
"Aquele jogo foi estranho. Dominamos o primeiro tempo, fomos bem, mas depois deixamos
que elas jogassem e levamos os
dois gols. Mas agora, com certeza,
estamos mais bem preparadas",
disse ontem a zagueira Mônica,
após o primeiro treino da seleção
em Atenas em 18 dias.
No dia 6, logo após desembarcar na Grécia, o time treinou em
Atenas. Já no dia seguinte, no entanto, embarcou para Tessalônica, no norte do país, onde começou sua campanha, no dia 11.
O Brasil jogou ainda em Heraklio e Patras. Ao todo, foram 1.857
km de deslocamento entre as sedes. Até voltar para a verdadeira
casa dos Jogos. E, enfim, hospedar-se na Vila Olímpica.
"É legal estar na Vila. A gente se
sente mais próxima da Olimpíada, convive com outros atletas, vive ainda mais o clima, o que é importante para um jogo tão complicado como esse", afirmou Pretinha, autora do gol sobre a Suécia, anteontem, que classificou o
time para a final.
Além de programar a palestra
de Villas Boas, o técnico da seleção continuou sua rotina de tocar
músicas para motivar suas atletas.
Depois de Geraldo Vandré e Lulu
Santos, escolheu uma composição de Ivan Lins. Com um sugestivo título: "Desesperar jamais".
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