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foco
Telão gigante vira mico em estádio de US$ 1,3 bi para futebol americano
DA REPORTAGEM LOCAL
Dias antes da aguardada
abertura de mais uma temporada, a NFL, liga profissional
de futebol americano nos
EUA, tem sido obrigada a lidar
com um problema que envolve um telão e um moderno estádio. Mas que nada tem a ver
com a discussão sobre replays
de lances polêmicos, tão batida no "outro" futebol.
O que era para ser uma das
maiores atrações do novo -e
caríssimo- estádio do Dallas
Cowboys está se transformando em um enorme mico.
O giantesco placar eletrônico
de alta definição da nova arena da equipe virou problema
para a realização de jogos.
Tudo por causa do tamanho
da tela, um grande projetor
em formato widescreen, com
60 metros de largura por 25 m
de comprimento.
As dimensões extraordinárias da tela se mostraram um
obstáculo para uma jogada
muito comum no esporte.
É o "punt", um lance que
ocorre quando um time não
consegue avançar as dez jardas nas três primeiras das
quatro tentativas que tem para fazê-lo e opta por se livrar
da bola, fazendo o adversário
começar seu ataque o mais
longe possível da zona de pontuação (chamada "end zone").
A intenção de quem faz um
"punt" é chutar a bola o mais
longe possível, mas também o
mais alto possível, para mantê-la no ar o tempo suficiente
para que seus defensores
avancem em direção ao ataque adversário.
Mas no novo Cowboys Stadium isso se tornou inviável.
No jogo do último dia 21, entre o time da casa e o Tennessee Titans, foram diversas as
vezes em que "punts" acertaram o gigante placar eletrônico "high-tech" dos Cowboys.
O caso irritou a NFL, que,
pega de surpresa, ainda estuda qual medida tomará. Por
enquanto, a entidade diz que
continuará a "monitorar o caso" mas que, se achar necessário, pode pedir reformas de
adequação no estádio.
Para a equipe dona da arena, essa hipótese mais radical
significaria um grande vexame, já que o custo da construção foi altíssimo.
Erguido na cidade de Arlington, no Estado do Texas, o
novo Cowboys Stadium custou cerca de US$ 1,3 bilhão
(quase R$ 2,5 bilhões).
Tanto quanto a cúpula da
NFL , a diretoria do Dallas
Cowboys também se disse
surpresa com a constância
com que a bola atingiu o telão.
Durante a elaboração e
construção da arena, a franquia tomou cuidados que pareciam ser suficientes para
evitar esse tipo de transtorno.
O telão, apesar de suas medidas descomunais, foi fixado
no centro da arena, 27 metros
acima do campo, 1,5 m mais
alto do que a altura mínima
exigida pela liga.
O Dallas tomou ainda o cuidado de realizar testes práticos. Com a ajuda de seu "punter" (jogador especializado
nesse tipo de chute), aferiu
que um chute poderia chegar
a 30 metros. Porém, considerou que a maioria dos chutadores tem habilidade suficiente para fazer a bola passar
ao lado do telão, apesar da largura fora dos padrões.
"Não estou preocupado
com isso", disse Jerry Jones,
proprietário do Dallas Cowboys. "Estou muito confortável com a altura do nosso placar eletrônico", concluiu.
Com agências internacionais
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