São Paulo, terça-feira, 25 de agosto de 2009

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Longe de casa, judô espera por queda

Em início de ciclo olímpico, dirigentes acreditam ser difícil repetir no Mundial da Holanda o desempenho do Rio-2007

Equipe brasileira estreia amanhã com a meta de atingir o mesmo número de pódios do torneio carioca, em que levou três ouros

DA REPORTAGEM LOCAL

Longe de casa e na ressaca dos Jogos Olímpicos, a seleção brasileira de judô não deve repetir no Mundial de Roterdã o sucesso de dois anos atrás.
A expectativa pessimista é encampada pelos próprios dirigentes da modalidade.
No Rio de Janeiro, em 2007, os brasileiros conquistaram três ouros e um bronze, seu melhor desempenho da história.
"Se chegarmos perto daquilo, igualarmos a quantidade de medalhas, não necessariamente a qualidade, já será mais do que excelente. O momento é outro, é normal que o desempenho caia", afirmou Ney Wilson, coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô.
Além de lutarem diante de sua torcida, o que aumentava a motivação, no Rio, os judocas também estavam no fim da preparação para os Jogos de Pequim, sua principal meta após quatros anos de treinos.
Agora, disputam o Mundial de Roterdã, a partir de amanhã, exatamente no início do caminho para Londres-2012.
"Esta competição será mais como um laboratório. Alguns atletas nossos estão começando na seleção e temos de ver como os veteranos irão reagir. É difícil ficar competitivo por dois ou três ciclos olímpicos", disse o coordenador da CBJ.
O principal desfalque do Brasil será o bicampeão mundial João Derly, lesionado. Os medalhistas olímpicos Ketleyn Quadros e Flávio Canto não estão em boa fase e também ficaram fora do time. Longe do tatame holandês, os dois judocas serão comentaristas na TV.
Outros países também podem poupar seus principais competidores. O Mundial, que terá 600 atletas de cem países, não entrará na contagem de pontos que definirá os classificados para Londres-2012.
"Mesmo assim, acho que teremos uma competição forte. Nossos atletas estão ótimos fisicamente, motivados e concentrados", afirmou Wilson.
A seleção chegou ontem a Roterdã. Antes, os brasileiros fizeram aclimatação de sete dias em Paris, na França.
"Os treinamentos foram bastante proveitosos. Também foi um período muito importante para ficarmos longe dos problemas do Brasil", afirmou o campeão do Mundial do Rio Tiago Camilo, que passou de 81 kg para a categoria até 90 kg.


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