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Longe de casa, judô espera por queda
Em início de ciclo olímpico, dirigentes acreditam ser difícil repetir no Mundial da Holanda o desempenho do Rio-2007
Equipe brasileira estreia amanhã com a meta de atingir o mesmo número de pódios do torneio carioca,
em que levou três ouros
DA REPORTAGEM LOCAL
Longe de casa e na ressaca
dos Jogos Olímpicos, a seleção
brasileira de judô não deve repetir no Mundial de Roterdã o
sucesso de dois anos atrás.
A expectativa pessimista é
encampada pelos próprios dirigentes da modalidade.
No Rio de Janeiro, em 2007,
os brasileiros conquistaram
três ouros e um bronze, seu melhor desempenho da história.
"Se chegarmos perto daquilo,
igualarmos a quantidade de
medalhas, não necessariamente a qualidade, já será mais do
que excelente. O momento é
outro, é normal que o desempenho caia", afirmou Ney Wilson,
coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô.
Além de lutarem diante de
sua torcida, o que aumentava a
motivação, no Rio, os judocas
também estavam no fim da
preparação para os Jogos de
Pequim, sua principal meta
após quatros anos de treinos.
Agora, disputam o Mundial
de Roterdã, a partir de amanhã,
exatamente no início do caminho para Londres-2012.
"Esta competição será mais
como um laboratório. Alguns
atletas nossos estão começando na seleção e temos de ver como os veteranos irão reagir. É
difícil ficar competitivo por
dois ou três ciclos olímpicos",
disse o coordenador da CBJ.
O principal desfalque do Brasil será o bicampeão mundial
João Derly, lesionado. Os medalhistas olímpicos Ketleyn
Quadros e Flávio Canto não estão em boa fase e também ficaram fora do time. Longe do tatame holandês, os dois judocas
serão comentaristas na TV.
Outros países também podem poupar seus principais
competidores. O Mundial, que
terá 600 atletas de cem países,
não entrará na contagem de
pontos que definirá os classificados para Londres-2012.
"Mesmo assim, acho que teremos uma competição forte.
Nossos atletas estão ótimos fisicamente, motivados e concentrados", afirmou Wilson.
A seleção chegou ontem a
Roterdã. Antes, os brasileiros
fizeram aclimatação de sete
dias em Paris, na França.
"Os treinamentos foram bastante proveitosos. Também foi
um período muito importante
para ficarmos longe dos problemas do Brasil", afirmou o campeão do Mundial do Rio Tiago
Camilo, que passou de 81 kg para a categoria até 90 kg.
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