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BASQUETE
Revés para China no Mundial faz Américas perderem vaga olímpica
Seleção perde pela 2ª vez seguida por apenas 1 ponto
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção brasileira perdeu ontem novamente por um ponto,
desta vez para a China, por 81 a 80,
e ficou sem objetivo no Mundial
feminino. O jogo foi em Nanjing.
Fora da disputa pelas seis primeiras posições -que garantiria
mais uma vaga olímpica para as
Américas, a equipe do técnico
Antonio Carlos Barbosa tentaria a
sétima colocação hoje, às 2h (de
Brasília), em jogo contra a França.
As últimas três partidas brasileiras nas quadras chinesas foram
decididas nos segundos finais e
pela diferença mínima. "É difícil
explicar quando se perde por um
ponto. Não foi falta de luta", lamentou a pivô Alessandra.
Contra a Austrália, na sexta-feira passada, uma vitória por um
ponto (75 a 74) colocou o Brasil
próximo do céu. Com o resultado,
a equipe brasileira ficou em primeiro lugar em seu grupo e enfrentaria, nas quartas-de-final, a
Coréia do Sul, rival teoricamente
mais frágil, só pegando os EUA,
atuais campeões olímpicos e
mundiais, em uma eventual final.
O Brasil teve seu sonho desfeito
anteontem, após uma surpreendente derrota para as sul-coreanas por 71 a 70. Com o revés, o time brasileiro ficou fora das semifinais do Mundial pela primeira
vez desde 1990. O técnico Barbosa
dizia, antes do início do torneio,
que o objetivo da seleção nacional
era conquistar uma medalha.
Eliminada da disputa do título,
ontem a equipe brasileira perdeu
sua última meta na China: trazer
uma vaga olímpica para as Américas. Os países que ficarem do segundo ao sexto lugar conquistam
vaga para os Jogos de Atenas-2004 para seus continentes.
O insucesso contra as chinesas
foi tão inesperado quanto a derrota para as sul-coreanas. Na primeira fase, sem ser ameaçada em
nenhum momento, a seleção brasileira venceu a China por 85 a 73.
A equipe de Barbosa começou
muito mal o jogo de ontem. Bem
marcada, Janeth pouco produzia
-teve aproveitamento de 27,7%
de seus arremessos na partida.
Com má pontaria nos tiros de
longe -o time errou 12 de suas 16
tentativas de três pontos-, o Brasil dependia muito das jogadas no
garrafão feitas por Alessandra,
cestinha do jogo, com 23 pontos.
A China apostava na precisão
das alas Lei Ren e Lijie Miao, suas
principais atiradoras de longe
-o time teve aproveitamento de
41,7% nas tentativas de três pontos. Com isso, as anfitriãs venceram o primeiro tempo por 45 a 38.
O Brasil reagiu no terceiro quarto, o seu melhor em toda a partida, e chegou a passar à frente (61 a
58). No período final, entretanto,
a equipe voltou a errar. E nos momentos decisivos.
Com o jogo empatado em 79 a
79, Janeth cometeu falta em Lijie
Miao. A ala acertou seus lances livres, colocando a equipe asiática
dois pontos na frente.
No contra-ataque brasileiro, foi
a vez de Janeth sofrer falta. Com
um segundo para terminar o jogo,
a ala errou seu primeiro lance livre. Acertou o segundo, mas a seleção nacional já não tinha mais
chance de virar a partida.
"Tivemos um rendimento melhor do que contra a Coréia do
Sul, mas perdemos novamente
nos detalhes. Infelizmente, o time
não foi bem nas duas últimas partidas", analisou Barbosa.
ATUAÇÕES - Adrianinha (4 pontos, 2/8
arremessos), Silvinha (2, 1/3), Janeth (13, 5/
18), Cíntia Tuiú (10, 4/7), Alessandra (23, 11/
13); Claudinha (15, 5/8), Adriana (2, 1/3), Iziane (4, 2/5), Kelly (7, 3/5)
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