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FUTEBOL
Treinador gremista tenta ser primeiro no Brasileiro a bater um ex-clube
São Paulo testa contra Cuca invencibilidade das "crias"
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico Leão não conseguiu,
Oswaldo de Oliveira também não.
Estevam Soares idem. Ricardo
Gomes foi outro que tropeçou... E
por aí vai. Hoje é a vez de Cuca enfrentar a sua "cria". E do São Paulo testar seu "criador".
A partida de hoje entre são-paulinos e gremistas, às 18h, em Porto
Alegre, confrontará pela 11ª vez
neste Campeonato Brasileiro um
técnico contra sua ex-equipe.
E, para azar dos donos das
pranchetas, esse duelo tem sido
bastante desfavorável a eles. Nenhum treinador conseguiu abater
seus antigos pupilos até agora no
Nacional. Foram derrotados em
quatro oportunidades e conseguiram empatar nas outras seis.
Até Levir Culpi, que agora comanda o Atlético-PR, sensação da
competição, conseguiu passar pelo Botafogo, seu ex-clube e sério
candidato à segunda divisão.
O Cruzeiro também deu dor de
cabeça a Leão em sua estréia como comandante do São Paulo.
Após o 0 a 0 no Pacaembu com o
time mineiro, ele ouviu vaias e
xingamentos dos torcedores.
Leão, apesar de dizer que tem
um bom relacionamento com
Cuca, espera hoje que o colega
também sofra. Mas não nega que
sua equipe ainda tem a cara do
atual treinador do Grêmio.
"Eu acho que ele vai usar o conhecimento, a vivência dele aqui.
Mas os jogadores que o conhecem
aqui também vão fazer isso. Existe o ponto e o contraponto, e com
isso a vantagem não existe", acredita o técnico são-paulino.
O jogadores concordam com a
tese do chefe. O São Paulo de Leão
segue sendo o São Paulo de Cuca.
"Ainda é 60% de Cuca. O Leão
ainda não conseguiu dar a cara
que ele quer para o time", entrega
o volante César Sampaio, um dos
líderes da equipe.
"Mas espero que saibamos
aproveitar esses 40% da minha
cara", rebate Leão, quinto no Nacional. Sob o comando dele, o São
Paulo se tornou um time que desarma menos, comete mais faltas,
recebe mais cartões e faz menos
gols. Mas também está menos
vulnerável na defesa.
"O Cuca fez um ótimo trabalho
no São Paulo. Agora, é fato que ele
tem conhecimento do que cada
atleta pode produzir", disse o capitão são-paulino Rogério.
Para tentar passar por sua
"cria", Cuca tem usado a mesma
metodologia aplicada no Morumbi. À frente de um time sem estrelas, ele apela para a motivação.
E, como fazia no São Paulo, convoca a torcida para os jogos. As
frases, aliás, são as mesmas.
"O time já está se entregando, se
doando, e agora precisa do incentivo da torcida", afirma Cuca, cuja
missão é tirar o Grêmio, 23º colocado, da zona do rebaixamento.
Colaborou Fábio Tura, do Datafolha
NA TV - Sportv (menos
para RS e RJ), ao vivo,
a partir das 18h
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