São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2004

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FUTEBOL

Treinador gremista tenta ser primeiro no Brasileiro a bater um ex-clube

São Paulo testa contra Cuca invencibilidade das "crias"

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Leão não conseguiu, Oswaldo de Oliveira também não. Estevam Soares idem. Ricardo Gomes foi outro que tropeçou... E por aí vai. Hoje é a vez de Cuca enfrentar a sua "cria". E do São Paulo testar seu "criador".
A partida de hoje entre são-paulinos e gremistas, às 18h, em Porto Alegre, confrontará pela 11ª vez neste Campeonato Brasileiro um técnico contra sua ex-equipe.
E, para azar dos donos das pranchetas, esse duelo tem sido bastante desfavorável a eles. Nenhum treinador conseguiu abater seus antigos pupilos até agora no Nacional. Foram derrotados em quatro oportunidades e conseguiram empatar nas outras seis.
Até Levir Culpi, que agora comanda o Atlético-PR, sensação da competição, conseguiu passar pelo Botafogo, seu ex-clube e sério candidato à segunda divisão.
O Cruzeiro também deu dor de cabeça a Leão em sua estréia como comandante do São Paulo. Após o 0 a 0 no Pacaembu com o time mineiro, ele ouviu vaias e xingamentos dos torcedores.
Leão, apesar de dizer que tem um bom relacionamento com Cuca, espera hoje que o colega também sofra. Mas não nega que sua equipe ainda tem a cara do atual treinador do Grêmio.
"Eu acho que ele vai usar o conhecimento, a vivência dele aqui. Mas os jogadores que o conhecem aqui também vão fazer isso. Existe o ponto e o contraponto, e com isso a vantagem não existe", acredita o técnico são-paulino.
O jogadores concordam com a tese do chefe. O São Paulo de Leão segue sendo o São Paulo de Cuca.
"Ainda é 60% de Cuca. O Leão ainda não conseguiu dar a cara que ele quer para o time", entrega o volante César Sampaio, um dos líderes da equipe.
"Mas espero que saibamos aproveitar esses 40% da minha cara", rebate Leão, quinto no Nacional. Sob o comando dele, o São Paulo se tornou um time que desarma menos, comete mais faltas, recebe mais cartões e faz menos gols. Mas também está menos vulnerável na defesa.
"O Cuca fez um ótimo trabalho no São Paulo. Agora, é fato que ele tem conhecimento do que cada atleta pode produzir", disse o capitão são-paulino Rogério.
Para tentar passar por sua "cria", Cuca tem usado a mesma metodologia aplicada no Morumbi. À frente de um time sem estrelas, ele apela para a motivação.
E, como fazia no São Paulo, convoca a torcida para os jogos. As frases, aliás, são as mesmas.
"O time já está se entregando, se doando, e agora precisa do incentivo da torcida", afirma Cuca, cuja missão é tirar o Grêmio, 23º colocado, da zona do rebaixamento.


Colaborou Fábio Tura, do Datafolha

NA TV - Sportv (menos para RS e RJ), ao vivo, a partir das 18h



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