São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2004

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ATLETISMO

Vanderlei curte fama e deixa treino de lado

DA REPORTAGEM LOCAL

As quase quatro horas diárias de corrida na rua foram reduzidas para sessões curtas de 30 ou 40 minutos sobre uma esteira.
Pouco para um maratonista, mas é o único período de tempo que Vanderlei Cordeiro de Lima consegue dedicar ao esporte.
Sua agenda virou de ponta cabeça após o bronze obtido em Atenas. De convite para estrelar filme à participação em eventos inusitados -até para inauguração de uma farmácia seu nome foi lembrado-, ele esgota horários em situações que nunca encarou.
"Já dei palestra para comerciantes, gravei uma propaganda e atendo a todas as pessoas que chegam pra falar comigo. Querem conselhos para correr e sempre perguntam o que eu acho do padre irlandês. Tudo isso é gostoso, mas meu negócio é correr."
Amanhã, pela primeira vez após a Olimpíada, Vanderlei, 34, compete -será em uma maratona de revezamento em São Paulo. Ou, como ele define, só "participa".
"Corrida para valer mesmo só no ano que vem. Vou encerrar esses compromissos sociais no final do mês e depois volto a treinar."
Ele sabe que as circunstâncias em que a medalha foi obtida valorizaram sua conquista. Mas não quer vincular sua imagem à do ex-sacerdote Cornelius Horan, que o bloqueou na maratona.
"Estou aproveitando as conseqüências do episódio. Só que não posso esquecer que aquele ato prejudicou a imagem do esporte."


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