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ATLETISMO
Vanderlei curte fama e deixa treino de lado
DA REPORTAGEM LOCAL
As quase quatro horas diárias
de corrida na rua foram reduzidas
para sessões curtas de 30 ou 40
minutos sobre uma esteira.
Pouco para um maratonista,
mas é o único período de tempo
que Vanderlei Cordeiro de Lima
consegue dedicar ao esporte.
Sua agenda virou de ponta cabeça após o bronze obtido em
Atenas. De convite para estrelar
filme à participação em eventos
inusitados -até para inauguração de uma farmácia seu nome foi
lembrado-, ele esgota horários
em situações que nunca encarou.
"Já dei palestra para comerciantes, gravei uma propaganda e
atendo a todas as pessoas que
chegam pra falar comigo. Querem conselhos para correr e sempre perguntam o que eu acho do
padre irlandês. Tudo isso é gostoso, mas meu negócio é correr."
Amanhã, pela primeira vez após
a Olimpíada, Vanderlei, 34, compete -será em uma maratona de
revezamento em São Paulo. Ou,
como ele define, só "participa".
"Corrida para valer mesmo só
no ano que vem. Vou encerrar esses compromissos sociais no final
do mês e depois volto a treinar."
Ele sabe que as circunstâncias
em que a medalha foi obtida valorizaram sua conquista. Mas não
quer vincular sua imagem à do
ex-sacerdote Cornelius Horan,
que o bloqueou na maratona.
"Estou aproveitando as conseqüências do episódio. Só que não
posso esquecer que aquele ato
prejudicou a imagem do esporte."
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