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Herói olímpico busca verba para ir a Londres
Evento a US$ 300 arrecada fundos para Jason Lezak
DA REPORTAGEM LOCAL
Jason Lezak foi o grande aliado de Michael Phelps na conquista histórica de oito medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim. Em uma disputa emocionante, após largar
com meio corpo de desvantagem, o nadador levou os EUA
ao topo do pódio do 4 x 100 m livre, o mais disputado revezamento que o país enfrentou.
Desde que deixou a China,
Lezak, 33, tem vivido a mesma
rotina atribulada de outras estrelas olímpicas. É figura fácil
em programas de TV e aparece
em comerciais e em eventos beneficentes e promocionais.
O nadador, no entanto, sabe
que a badalação não deve durar
muito. E, como pretende continuar a treinar e buscar uma vaga nos Jogos de Londres, daqui
a quatro anos, Lezak já começou a fazer seu pé-de-meia.
No dia 7 de outubro, o norte-americano será o personagem
principal de um evento em um
restaurante da Califórnia. O
objetivo: arrecadar fundos para
sua preparação visando a competição na Inglaterra.
A entrada custa US$ 300 e dá
direito a foto com o atleta e suas
medalhas olímpicas. Os convidados também levarão seu autógrafo e poderão assistir a vídeos sobre os Jogos de Pequim.
Lezak tem motivos para se
preocupar com dinheiro. Pode
perder na próxima temporada
o patrocínio na Nike, que deve
deixar de apoiar a natação.
Além disso, o nadador precisa sustentar uma estrutura
bem diferente da maioria dos
nadadores profissionais. Ele
costumava treinar desde o ano
passado na Califórnia durante
o horário do almoço e sem um
técnico -é ele mesmo quem
define seus treinamentos.
Uma piada comum entre os
atletas é perguntar se o norte-americano vai pedir ao salva-vidas que cronometre seus
tempos durante o treino.
Em Pequim, Lezak mostrou
que a fórmula dá resultados.
Além do 4 x 100 m livre, fechou
o revezamento 4 x 100 m medley e levou o ouro. Em provas
individuais, dividiu a medalha
de bronze com o brasileiro César Cielo nos 100 m livre.
Em sua participação no 4 x
100 m livre, ele completou a
distância em 46s06, performance mais rápida dos 100 m
livre na história. A marca, no
entanto, não é considerada como recorde mundial, contado
apenas para nadadores que
abrem os revezamentos.
"Não sei como pude nadar
tão rápido, porque nunca fui
capaz de nadar nem perto disso
nos últimos 50 metros. Não
posso explicar o que aconteceu,
foi irreal", afirmou Lezak após
o revezamento em Pequim.
O atual recordista dos 100 m
livre é o australiano Eamon Sullivan, que cravou 47s05 nas semifinais da prova nos Jogos. Na
decisão, acabou com a prata.
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