São Paulo, sexta-feira, 25 de outubro de 2002

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PAINEL FC

Não vai
Nenhum pentacampeão estará in loco na festa de premiação do Príncipe de Astúrias, um dos mais importantes da Espanha, pela primeira vez concedido à seleção brasileira. O capitão Cafu avisou ontem a organização do evento que não terá como sair de Roma. Seu clube não o liberou por causa do clássico contra a Lazio, no fim de semana.

Desfeita
Pegou mal na Espanha o fato de o pentacampeão Luiz Felipe Scolari não comparecer à festa. Jornalistas do país dizem que o técnico virou as costas para o príncipe herdeiro Felipe de Borbón, filho do rei Juan Carlos. E que o gaúcho diminuiu e muito suas chances de trabalhar em um clube espanhol.

Comitiva
Além de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e do supervisor Américo Faria, representarão a seleção em Oviedo Carlos Alberto Parreira (campeão em 1994), Zagallo (58, 62, 70 e 94), Dunga (94) e Bellini (58).

À distância
Artilheiro da Copa-2002, Ronaldo gravou mensagem a ser exibida na festa. Com compromissos com o Real Madrid, também não viajará a Oviedo.

Troféu
Ronaldo ganhou ontem pela segunda vez o prêmio de melhor do ano da revista francesa "Onze Mondial". Ficou à frente de Zidane e de Ronaldinho, astro no Paris Saint-Germain.

Virando a mesa
Vice-presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrela já fala em virada de mesa. Como seu time não anda bem das pernas, diz que não teria coragem de propô-la, mas se alguém o fizer, ele não abrirá a boca para protestar. O cruzeirense tem o apoio de Eurico Miranda, para quem time grande não pode cair para a Série B.

Clone
Jorginho Paulista, lateral-esquerdo do São Paulo, cansou do apelido que ganhou dos companheiros de clube. Chamado de Zé Pequeno, resolveu cortar o cabelo. O codinome era referência ao personagem homônimo do filme "Cidade de Deus".

"Privê"
Jogadores, funcionários e a comissão técnica fizeram um churrasco secreto anteontem no CT do São Paulo. A assessoria de imprensa do clube havia informado que a festa era de um filho de um diretor para afastar a ação de curiosos da festa dos atletas.

Voto contra
Se Lula (PT) se eleger domingo, Wanderley Luxemburgo ganhará um forte opositor contra o seu retorno à seleção.

Amendoim
Em janeiro de 2001, o candidato petista, corintiano, ligou para dirigentes do Corinthians para criticar a contratação do técnico, então investigado por falsidade ideológica e sonegação fiscal.

Racismo
Não só os jogadores são obrigados a conviver com o racismo no futebol. Os árbitros também sofrem. A Comissão Disciplinar do STJD suspendeu, com pena máxima, por 60 dias o técnico do Ceará, Celso Teixeira. Ele foi expulso pelo árbitro Ubiraci Damázio ao chamá-lo de macaco em partida da Série B.

Alteração
Atualmente, o Código Brasileiro Disciplinar do Futebol trata o caso como ofensa moral, o que deverá mudar em 2003. Como reações racistas de atletas contra árbitros são frequentes, os auditores do STJD pretendem incluir um artigo específico para aumentar o rigor da punição.

Recesso
A FPF está fechada para os presidentes de clubes que querem marcar audiências para protestar contra a decisão do Conselho Arbitral, que determinou um Paulista com 21 clubes. Ordens da presidência.

Sabático
Milton Cruz, há oito anos auxiliar técnico do São Paulo, pediu e ganhou uma licença. Ele foi convidado pelo ex-são-paulino Oscar para trabalhar no Ittihad, da Arábia Saudita, até abril. Depois volta para o Morumbi.

Absolvido?
O presidente do STJD, Luiz Zveiter, estuda a possibilidade de arquivar o processo contra o palmeirense Pedrinho, cujo exame antidoping deu positivo.

Erro fatal
Mas o médico Fernando Solera, responsável pelo controle de dopagem na CBF, pode ser cortado: em vez de mandar a urina do jogador para o Ladetec (laboratório vinculado à UFRJ), ele mandou o material para a USP.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Fábio Luciano, sobre Luxemburgo, que o afastou:
-Ele é um bom técnico, mas de caráter questionável.

CONTRA-ATAQUE

Tiro no pé

Com rivalidade no futebol não se brinca. As torcidas não costumam aceitar com naturalidade a amizade de jogadores com atletas rivais. Já houve casos de jogadores que tiveram que vender carro, trocar de bairro e até de roupa para não ofender a honra e as cores dos seus clubes.
Ponte Preta e Guarani são dois clubes assim. A rivalidade entre as equipes é temida até pelo Tribunal Regional Eleitoral, que pediu adiamento da partida de amanhã para segunda, por motivo de segurança -amanhã a PM teria que dividir as atenções entre o "derby" e a eleição.
Mas Alex Oliveira parece não ter pensado antes de criticar os dirigentes da Ponte por causa da arbitragem da partida de anteontem, contra o Vitória.
Revoltado, o meia ponte-pretano resolveu enaltecer a diretoria do arqui-rival.
-A diretoria da Ponte deveria parar de ser frouxa e não deixar um juiz nos prejudicar em casa. Eles deveriam fazer como o Neto [gerente de futebol do Guarani", que fala tudo o que pensa e até entra em campo, disse.
Agora virão as consequências.



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