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Revelações têm disciplina como o ponto fraco
DA REPORTAGEM LOCAL
Se já mostraram talento, as
revelações do futebol brasileiro em 2002 ainda têm um
longo caminho a percorrer
para controlar os nervos.
No Nacional, atletas jovens
estão entre os mais faltosos e
os recordistas de cartões.
Quem abre esse grupo é
justamente o grande nome
entre os novos craques do
país. Com seguidas faltas
(média superior a três por
partida), o são-paulino Kaká
já foi expulso uma vez. Além
disso, acumula oito cartões
amarelos. Nenhum outro jogador do seu time foi tantas
vezes advertido.
O santista Diego, que já tinha sido suspenso por acumulo de amarelos, protagonizou, anteontem, um dos
lances mais desleais do Brasileiro ao dar um "coice" em
um jogador do Paysandu.
Por seu ato, foi expulso e repreendido duramente por
Emerson Leão, seu treinador
no clube do litoral paulista.
No Corinthians, o atacante
Gil, um dos cinco jogadores
mais caçados do Nacional,
revida boa parte das faltas
que sofre. Tanto que já recebeu seis cartões amarelos, ficando assim fora de dois jogos de sua equipe -o último deles no domingo passado, contra a Ponte Preta.
Outro que brilha com a
bola no pé mas desafina na
disciplina é Paulinho, do
Atlético-MG.
Ele já foi expulso duas vezes. Em uma delas, seu time
acabou goleado pelo Paysandu por 5 a 2.
Anteontem, contra o Bahia, o Vasco sentiu o que a
inexperiência de uma revelação pode causar.
Com apenas 20 anos, o atacante Ely Thadeu, minutos
depois de entrar em campo,
foi expulso pela segunda vez
no Brasileiro-2002. Com um
jogador a menos, os cariocas
foram batidos por 4 a 2 e voltaram a ficar perto da zona
de rebaixamento.
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