DA REPORTAGEM LOCAL

Em entrevista ao jornal esportivo italiano "Tuttosport", publicada ontem, o técnico Luiz Felipe Scolari afirmou já ter um plano de trabalho caso seja sondado para assumir a Azzurra.
"Há pouco tempo um amigo me disse que estava entre os candidatos. Seria um sonho, afinal, me sinto um oriundo. Em poucos dias, já devo ter obtido a cidadania italiana", afirmou o treinador.
Com a iminente demissão de Giovanni Trapattoni, uma lista de sucessores foi feita pela imprensa italiana: Gianluca Vialli, Franco Baresi, Dino Zoff, Fabio Capello (o favorito) e, finalmente, Scolari.
Após ver fracassada sua ida para a seleção mexicana, o brasileiro agora investe nessa mais recente possibilidade de emprego.
Tanto é assim que afirmou à imprensa italiana que já tem um plano de trabalho. "Tenho um projeto, a idéia de uma mudança cultural que com o Brasil já funcionou: jogar dando espetáculo", disse.
Falou ainda que, se ficar à frente da Azzurra, vai consultar os clubes constantemente. "Temos de ter um plano que convença os clubes. É justo que eles saibam tudo o que a seleção faz com seus jogadores. Acho necessário respeitar as exigências das equipes."
Sobre a resistência a um técnico estrangeiro, Scolari afirmou: "Peço para me julgarem pelo que sou, não pela cidade em que nasci. Quanto à confiança, os italianos devem olhar o meu currículo. Aceitar no banco um técnico campeão mundial é mais fácil".
Entusiasmado, disse que, apesar de não falar italiano, poderia se comunicar em vêneto, dialeto de seus antepassados: ""Apesar disso, tenho certeza que posso fazer um bom trabalho. E acredito que esta é a hora da mudança".
Ele arriscou até a criticar a Itália de Trappatoni: "Há pouca finalização a gol, mas não faltam bons jogadores. Falta um projeto".


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