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São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2003

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DOPING

Entidade diz que novo esteróide anabólico deverá ser rastreado nos exames antidoping dos Jogos de Atenas-2004

COI promete detectar THG na Olimpíada

DA REPORTAGEM LOCAL

O Comitê Olímpico Internacional anunciou ontem que poderá detectar o uso de THG (tetraidrogestrinona) nos exames antidoping que serão realizados durante os Jogos de Atenas-2004.
"Usaremos toda a tecnologia disponível para revelar o uso de substâncias que se acreditava serem indetectáveis", disse Denis Oswald, chefe de uma missão do COI que passou os últimos três dias vistoriando as instalações da capital grega, que receberá, entre 13 e 29 de agosto do ano que vem, a próxima Olimpíada.
Ao mesmo tempo, a Agência Mundial Antidoping (Wada) exortou ontem os países-membros a iniciar uma cruzada contra o esteróide anabólico. A entidade recomendou que todas as federações nacionais façam testes em amostras já armazenadas.
Na Áustria, a Federação Internacional de Esqui tomou providências imediatas: a partir de hoje, os atletas que disputam a 38ª edição da Copa do Mundo de esqui alpino também serão testados para THG. Na Austrália, a organização do Mundial de rúgbi adotou o mesmo procedimento.
O THG está no centro de um escândalo depois que os Estados Unidos anunciaram, na semana passada, a descoberta da substância nos testes de um grande número de competidores.
Até então desconhecido, o esteróide anabólico só foi identificado por causa da ajuda de um treinador, cuja identidade foi mantida em sigilo por razão de segurança.
Ele forneceu à Usada (a agência antidoping dos EUA) uma seringa com traços da droga. A partir dela foi desenvolvido um teste capaz de detectar a substância.
Ontem, a Usada divulgou que o arremessador John McEwen, 29, vice-campeão nacional, também testou positivo para o THG.
Além dele, mais quatro atletas dos EUA foram flagrados nos exames, mas apenas os nomes da meio-fundista Regina Jacobs e do arremessador americano Kevin Toth foram divulgados.
Fora dos EUA, o velocista britânico Dwain Chambers também testou positivo para a droga.
A Iaaf, entidade que dirige o atletismo, pretende refazer a análise das 400 amostras tomadas durante o Mundial de Paris, disputado dois meses atrás.
A federação nacional de atletismo dos EUA também anunciou um plano batizado de "tolerância zero" que prevê suspensões perpétuas e multas de até US$ 100 mil para competidores e treinadores que vierem a ser descobertos.


Com agências internacionais


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