São Paulo, quinta-feira, 25 de outubro de 2007

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Corinthians lista e barra árbitros para a reta final

Vice de futebol do clube, Antoine Gebran pressiona CBF a escalar só árbitros Fifa

Diretor de arbitragem diz que decisões são tomadas de acordo com importância do jogo, mas não descarta atender ao pedido de veto

EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do Corinthians decidiu agir para tentar evitar prejuízos ao time na reta final do Campeonato Brasileiro.
O clube alvinegro, que está na 17ª posição (soma apenas 38 pontos) e busca escapar do rebaixamento, pressiona a CBF a só escalar árbitros considerados de primeira linha em suas partidas, ou seja, aqueles que pertencem ao quadro da Fifa.
Mesmo assim, ainda faz restrições quanto a alguns nomes. Entre eles estão Héber Roberto Lopes, que apitou o jogo contra o Náutico no último domingo, Wilson Souza de Mendonça, que trabalhou no empate por 2 a 2 com o Juventude, em Caxias do Sul, e Leonardo Gaciba, que atuou em três partidas do time paulista neste Nacional.
O preferido do clube é o gaúcho Carlos Eugênio Simon, que também fez três jogos dos corintianos neste campeonato -empate por 2 a 2 com o Flamengo e derrotas para Cruzeiro (3 a 0) e Botafogo (1 a 0).
A decisão de ir à CBF partiu do vice de futebol do Corinthians, Antoine Gebran, que não gostou da maneira como dirigentes pernambucanos pressionaram a arbitragem antes do duelo contra o Náutico.
A partida terminou 1 a 0 para o time alvirrubro, com um gol de pênalti marcado aos 45min da etapa final. O lance que originou a infração foi um empurrão do meia Ailton em Vagner, marcado acertadamente por Héber Roberto Lopes.
Sérgio Corrêa da Silva, diretor de arbitragem da CBF, afirma que, a despeito de pressões para vetar determinados nomes, "todos os árbitros relacionados estão aptos a trabalhar em jogos pelo Brasileiro".
O chefe da arbitragem disse se basear nas atuações dos juízes ao longo do campeonato para escalá-los ou não para jogos considerados mais importantes. No entanto disse não desconsiderar pedidos de veto.
"Não há a necessidade de colocar o árbitro em situação difícil", alega Corrêa, que culpa a obrigação de ter de realizar sorteios para definir os trios de arbitragem de cada partida por não poder sempre escalar juízes considerados mais qualificados para partidas decisivas.
"Esse é o grande culpado de toda essa problemática", conclui o chefe dos árbitros.
No caso do Corinthians, Corrêa terá problemas para satisfazer integralmente o clube, que quer apenas árbitros da elite em seus seis jogos restantes.
O quadro de brasileiros da Fifa tem dez nomes, mas, com os três vetados pelo Corinthians, mais os três de São Paulo que integram a lista (Sálvio Spínola, Paulo César de Oliveira e Wilson Seneme), sobram só quatro árbitros possíveis.
Além de Simon, já cobiçado pelos corintianos, as opções seriam Alício Pena Júnior, de MG, Djalma Beltrami, do RJ, e Wagner Tardelli, de SC.
Neste Brasileiro, 22 árbitros atuaram nas 32 partidas do Corinthians. Quatro deles apitaram três jogos: Gaciba, Simon, Sérgio Carvalho da Silva (DF) e Luis Antonio Silva Santos (RJ).


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