São Paulo, domingo, 25 de outubro de 2009

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JUCA KFOURI

A melhor rodada do Brasileirão


Dos sete jogos, mais três são decisivos para deixar times a dois, ou, no máximo, três pontos do líder Palmeiras


COMEÇOU ONTEM com o Galo vencendo o Vitória, no Mineirão lotado, 1 a 0. O alvinegro não bobeou e depende só de si para ser bicampeão brasileiro.
Continua hoje, com mais três jogos imperdíveis, pena que dois, ao mesmo tempo, no meio da tarde, em Santos e em Porto Alegre.
Na Vila, ou o São Paulo passa por cima do Santos para ficar a dois pontos do Palmeiras e mais perto do tetra/heptacampeonato ou que comece a tratar de pensar em 2010, porque já teve chances demais sem aproveitá-las. É hora de Ricardo Gomes chamar alguns e perguntar se estão dispostos a honrar as chuteiras que calçam. Chega de alisar.
No Beira-Rio a obrigação é do Inter, só que o adversário é muito mais indigesto, o rival Grêmio, que ainda pretende uma vaga na Libertadores, além de ter uma ótima oportunidade de mostrar, no vizinho, que não se esqueceu do que fazer para ganhar fora de casa.
O decepcionante time colorado precisa dos três pontos para lutar pelo título, pelo tetracampeonato, também capaz de ficar a apenas dois pontos do primeiro lugar.
Sim, já está mais que claro que não teremos um campeão inesquecível em 2009,como de resto não temos tido mesmo, e que provavelmente quem ganhar o título ganhará com o maior número de derrotas desde a introdução dos pontos corridos e com 20 times.
No começo da noite, no Rio, o Botafogo desesperado e frágil recebe o entusiasmado e turbinado Flamengo, no Engenhão. É verdade que ultimamente eles mais empatam entre si do que outra coisa, mas a chance de o rubro-negro ficar a apenas três pontos da ponta e à espreita do hexacampeonato está bem posta.
Porque o Palmeiras tem sido indecifrável ao despencar na reta final, quando o seu pentacampeonato parecia mais que desenhado.
Eis que a ausência de Pierre é mais sentida que a presença de Vagner Love, agora agravada pela perda também de Cleiton Xavier, sem se dizer que Diego Souza voltou cabisbaixo da seleção, maldosamente testado por apenas 45 minutos a 3600 metros de altitude.
Para piorar, Muricy Ramalho dá a sensação de pisar em ovos na nova casa, ainda cerimonioso, a não ser para esbravejar com repórteres, o que, aliás, e ainda bem, anda sendo criticado no Palestra.
Fato é que ele consegue ter um desempenho pior que o de Vanderlei Luxemburgo, que talvez não queira mais a parte dele na campanha alviverde como andou pleiteando.
E ainda teremos, também à noite, Ronaldo contra seu ex-time, o Cruzeiro vivo, de melhor campanha no returno, no Pacaembu.
Este preguiçoso e nebuloso Corinthians, que abdicou de lutar por um campeonato que se revelou dos mais fáceis da história, ou, ao menos, dos mais possíveis para quem tivesse se organizado.
Mas tem mais: tem Atletiba, como teve o Náutico, no Recife, e terá o Sport, em Floripa, na luta para não cair, assim como tem o sonho do Goiás contra o pesadelo do Flu.
Uma rodada enfim para torcedor nenhum botar defeito - e que já resultou em aperto ao líder, porque ao menos o Galo não quis saber de anticampeonato em pontos parados, como alguém já disse.

blogdojuca@uol.com.br

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