São Paulo, sexta, 25 de dezembro de 1998

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Palmeiras testa os resultados do 'patrulhamento noturno'

da Reportagem Local

O Palmeiras vai começar a testar hoje os efeitos do "patrulhamento noturno" estabelecido pelo técnico Luiz Felipe Scolari. A equipe fará à tarde, no centro de treinamento da Barra Funda, o último treino para a partida de amanhã, contra o Cruzeiro, pela Copa Mercosul.
O time precisa vencer para forçar o terceiro jogo da série final, que será realizado no dia 29. O empate dá o título ao time mineiro.
Insatisfeito com a postura de seus atletas -Scolari reclamou que a maioria estava mais preocupada com festas do que treinamento-, o técnico pediu aos torcedores da equipe, após uma reunião com membros de organizadas, que vigiassem os jogadores em seus "programas noturnos".
A postura deixou alguns atletas palmeirenses indignados, já que consideram esse "patrulhamento" invasão de privacidade.
"Não saio à noite com frequência. Mas acho que, se o atleta corresponder dentro de campo, não existe motivo para cobranças sobre sua vida pessoal. Se ele não corresponder, o torcedor tem todo o direito de cobrar, mas só dentro de campo", afirmou o meia Zinho.
Quando dirigia o Grêmio, Scolari tinha uma rede de informantes nas principais casas noturnas de Porto Alegre. O técnico chegou a resgatar um dos seus atletas de uma boate na capital gaúcha.
Scolari não deverá contar com o atacante Oséas e com o zagueiro Júnior Baiano na partida contra o Cruzeiro. Eles estão se recuperando de contusões e não participaram, na última terça-feira, do amistoso contra a Paraguaçuense -o Palmeiras goleou por 5 a 0.
Depois da final da Copa Mercosul, a diretoria da Parmalat, patrocinadora do Palmeiras, deve voltar a negociar com o Cruzeiro a contratação do atacante Fábio Júnior. Inicialmente, a empresa ofereceu US$ 7 milhões e o passe do atacante Viola. O time mineiro recusou.



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