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FUTEBOL
Falhas na zaga irritam Leão, que saca Edmundo na vitória por 2 a 0
Com bronca, Palmeiras faz dever de casa ante Táchira
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras, líder do Paulista,
jogava contra venezuelanos, em
casa. A obrigação era ganhar bem
do Deportivo Táchira sem levar
gols, aproveitando o critério do
mata-mata inicial da Libertadores. Mas, para obter o 2 a 0, foi
preciso bronca de Emerson Leão.
Irritado com a marcação frouxa
na metade do primeiro tempo, o
técnico exigiu mais no intervalo,
tirou um Edmundo inoperante e
um Corrêa pouco firme taticamente. Assim, pôde controlar as
ações no Parque Antarctica.
Tudo bem que o primeiro gol
foi ilegal: o atacante Marcinho recebeu em impedimento o belo
passe por elevação de Paulo Baier,
que, novamente escalado na lateral, voltou a mostrar bom futebol.
O Palmeiras dominou o jogo
com certa tranqüilidade. Tinha
volume de ataque principalmente
pela esquerda, em que Marcinho
e Lúcio se revezavam. Aos 20min,
o gol palmeirense saiu por ali.
Mas, enganado pela dificuldade
com que o Táchira passava do
meio-campo, o Palmeiras achou
que era amistoso. E acabou dando
a Rondón, ex-São Paulo, três
chances claras de gol, que o centroavante venezuelano desperdiçou miraculosamente.
"São aqueles vacilos que a gente
sempre dá em casa, achando que
dá para atacar de qualquer jeito",
disse o goleiro e capitão Marcos,
extremamente irritado com a freqüência de chegadas dos atacantes do Táchira diante de sua meta.
O Datafolha contou, no primeiro tempo, nove finalizações para
os venezuelanos, contra apenas
sete do Palmeiras. Marcinho era a
principal arma do time verde,
com três conclusões -uma no
gol, uma na trave e uma obrigando Morales a fazer grande defesa.
O atacante Edmundo, porém,
decepcionou. Sem conseguir um
chute a gol, errando cinco passes e
com apenas um drible, o veterano
deixou o campo no intervalo,
substituído por Gioino. Leão também tirou Corrêa e pôs Reinaldo,
para que Paulo Baier tivesse ainda
mais liberdade na criação.
Aos 4min, o sufoco passou.
Paulo Baier cobrou falta da ponta
direita, o goleiro Morales se chocou no ar com Gioino e soltou a
bola para Gamarra, que fuzilou
para o gol vazio, tranqüilizando o
Parque Antarctica lotado.
Depois disso, o jogo ficou mais
truncado. A debilidade do time
venezuelano, aliada à maior calma do Palmeiras -que se posicionava melhor na defesa, atacando sem se desproteger-, deixou
o jogo bem mais chato.
Morales evitou em cima da linha um gol palmeirense certo em
cabeçada de Daniel, aos 10min. E
depois foi sono, com muita disputa no meio-campo e nada de emoção até o fim do jogo.
Agora, os dois times só voltam a
se enfrentar na próxima semana,
na Venezuela. No sábado, a equipe de Leão volta a jogar pelo Paulista, contra a Portuguesa Santista,
defendendo sua liderança.
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