São Paulo, quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

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Lesão incrementa a má fase de Giba

VÔLEI
Atacante encara problemas físicos e amarga seca de títulos no Pinheiros desde que voltou ao Brasil


DE SÃO PAULO

A lesão no tornozelo direito, sofrida anteontem, é o último episódio do inferno astral que vive o atacante Giba desde sua volta ao Brasil, no segundo semestre de 2009.
O jogador de 34 anos se machucou durante a derrota para o Sesi (3 sets a 1) pela Superliga. Segundo a previsão dos médicos do Pinheiros, seu time, o atacante deverá ficar no mínimo três semanas longe das quadras.
Há quase um ano e cinco meses, Giba retornou ao vôlei brasileiro com o status de melhor jogador do mundo.
Era o principal astro do Pinheiros, que investiu R$ 15 milhões e recheou seu elenco com quatro atletas da seleção -além do atacante, Gustavo, Rodrigão e Marcelinho.
Mas, desde então, o time e o atacante somam fracassos.
Enquanto a equipe não ganhou nenhum título no período e, recentemente, foi alvo de polêmica por reformular seu elenco, Giba sofreu diversas contusões e se tornou reserva na seleção brasileira.
Após os insucessos na Superliga 2009/2010 e em outras disputas, como o Campeonato Paulista do ano passado, o clube demitiu, no final de dezembro, dois jogadores campeões mundiais.
Deixaram a equipe dois "galácticos", o levantador Marcelinho e o meio de rede Rodrigão, que saiu do Pinheiros disparando críticas contra o clube paulistano.
Giba, maior salário do time, permaneceu, mas está longe de ser destaque da atual Superliga, na qual o Pinheiros está em quarto lugar.
O atacante é somente o décimo colocado no ranking dos dez atletas mais eficazes em saques e ataques. E está fora da relação dos dez maiores pontuadores do torneio.
Além disso, Giba teve de conviver com diversos problemas físicos desde o final de 2009, o que o levou de protagonista a coadjuvante na seleção de Bernardinho.
O atacante assistiu do banco à fase final da Liga Mundial e a grande parte da campanha que deu ao Brasil o tricampeonato do Mundial.
Enquanto isso, seu concorrente de posição na seleção, Murilo, foi o melhor jogador das duas competições.
Mas, mesmo longe de sua melhor fase, Giba é considerado pela diretoria do Pinheiros referência da equipe.
"O Giba treina como se fosse um garoto que busca uma vaga na seleção, motiva os companheiros e a comissão técnica, tem uma vida regrada e é um exemplo para o grupo", disse o diretor de esportes coletivos do Pinheiros, João Fernando Rossi.
"Como questionar o investimento em um atleta como este?", acrescentou ele.
O investimento tem valido a pena, diz Rossi. "O Giba dá um retorno de imagem gigante ao Pinheiros e à SKY [patrocinadora do time]."


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