São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2001

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FUTEBOL

Jogadores e diretoria negam problemas com o técnico Marco Aurélio

Em crise, Palmeiras tenta desmentir divisão no time

CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Com a crise agravada após a derrota de anteontem, por 3 a 2, para a Ponte Preta, fora de casa, pelo Campeonato Paulista, o Palmeiras tenta agora desmentir que a equipe esteja "rachada".
Após o jogo de anteontem, o atacante Washington, da Ponte Preta, insinuou que os jogadores do Palmeiras estariam querendo prejudicar o treinador da equipe. "Do jeito que entramos na defesa deles, até parece que estão querendo derrubar o técnico Marco Aurélio", afirmou o atleta.
No intervalo da partida, o treinador -nervoso- também deu a entender que seus atletas teriam alguma coisa contra ele.
Marco Aurélio desceu apressadamente para o vestiário, com a cara fechada. Teria, então, pedido garra aos jogadores e que eles "honrassem a camisa".
Nos primeiros 45 minutos do jogo de anteontem, o Palmeiras se apresentou apático e foi completamente envolvido pelos campineiros, que marcaram três gols.
A reação palmeirense só aconteceu na etapa final, quando a equipe voltou mais ofensiva, marcou dois gols e criou mais chances.
Após a partida em Campinas, tanto os jogadores como a diretoria do Palmeiras procuraram negar que haja problemas de relacionamento com Marco Aurélio.
O zagueiro Paulo Turra rebateu a declaração de Washington dizendo que "o elenco do Palmeiras é forte e não quer derrubar o treinador". "Todos temos culpa pela derrota", completou.
O coordenador técnico Márcio Araújo adotou o mesmo discurso. "Fui jogador e sei como é. O treinador não pode assumir toda a culpa pela derrota, assim como não pode ficar com os méritos de uma vitória", afirmou.
Já o volante e zagueiro Galeano disse que o time nunca esteve desunido. "A equipe teve algumas mudanças em relação ao ano passado, mas continua forte e unida, como sempre foi", afirmou.
Galeano foi um dos jogadores que já chegaram a discutir com o técnico Marco Aurélio neste ano. Ele reclamou por ter ficado na reserva em uma partida pelo Torneio Rio-São Paulo.
Além dele, o volante Magrão, o goleiro Marcos e o zagueiro Argel já haviam cobrado o técnico por não terem sido escalados.
Os supostos conflitos no Palmeiras ficaram mais evidentes há 12 dias, quando o zagueiro Argel, também revoltado por ter ficado alguns jogos na reserva, foi afastado definitivamente do time. Marco Aurélio também enfrenta problemas com a torcida.
O treinador, que teve sua permanência confirmada pelo diretor de futebol Américo Faria, irritou-se com perguntas sobre seu futuro: "Meu negócio aqui é trabalhar. Sobre meu futuro, perguntem ao presidente do clube".


Com a Reportagem Local

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