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FUTEBOL
Jogadores e diretoria negam problemas com o técnico Marco
Aurélio
Em crise, Palmeiras tenta
desmentir divisão no time
CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Com a crise agravada após a
derrota de anteontem, por 3 a 2,
para a Ponte Preta, fora de casa,
pelo Campeonato Paulista, o Palmeiras tenta agora desmentir que
a equipe esteja "rachada".
Após o jogo de anteontem, o
atacante Washington, da Ponte
Preta, insinuou que os jogadores
do Palmeiras estariam querendo
prejudicar o treinador da equipe.
"Do jeito que entramos na defesa
deles, até parece que estão querendo derrubar o técnico Marco
Aurélio", afirmou o atleta.
No intervalo da partida, o treinador -nervoso- também deu
a entender que seus atletas teriam
alguma coisa contra ele.
Marco Aurélio desceu apressadamente para o vestiário, com a
cara fechada. Teria, então, pedido
garra aos jogadores e que eles
"honrassem a camisa".
Nos primeiros 45 minutos do
jogo de anteontem, o Palmeiras se
apresentou apático e foi completamente envolvido pelos campineiros, que marcaram três gols.
A reação palmeirense só aconteceu na etapa final, quando a equipe voltou mais ofensiva, marcou
dois gols e criou mais chances.
Após a partida em Campinas,
tanto os jogadores como a diretoria do Palmeiras procuraram negar que haja problemas de relacionamento com Marco Aurélio.
O zagueiro Paulo Turra rebateu
a declaração de Washington dizendo que "o elenco do Palmeiras
é forte e não quer derrubar o treinador". "Todos temos culpa pela
derrota", completou.
O coordenador técnico Márcio
Araújo adotou o mesmo discurso.
"Fui jogador e sei como é. O treinador não pode assumir toda a
culpa pela derrota, assim como
não pode ficar com os méritos de
uma vitória", afirmou.
Já o volante e zagueiro Galeano
disse que o time nunca esteve desunido. "A equipe teve algumas
mudanças em relação ao ano passado, mas continua forte e unida,
como sempre foi", afirmou.
Galeano foi um dos jogadores
que já chegaram a discutir com o
técnico Marco Aurélio neste ano.
Ele reclamou por ter ficado na reserva em uma partida pelo Torneio Rio-São Paulo.
Além dele, o volante Magrão, o
goleiro Marcos e o zagueiro Argel
já haviam cobrado o técnico por
não terem sido escalados.
Os supostos conflitos no Palmeiras ficaram mais evidentes há
12 dias, quando o zagueiro Argel,
também revoltado por ter ficado
alguns jogos na reserva, foi afastado definitivamente do time. Marco Aurélio também enfrenta problemas com a torcida.
O treinador, que teve sua permanência confirmada pelo diretor de futebol Américo Faria, irritou-se com perguntas sobre seu
futuro: "Meu negócio aqui é trabalhar. Sobre meu futuro, perguntem ao presidente do clube".
Com a Reportagem Local
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