|
Próximo Texto | Índice
Adriana Zenbrauskas/Folha Imagem
|
Jan Magnussen usa o capacete de Rubens Barrichello. Pilotos correram de kart ontem na Granja Viana (zona sul de São Paulo).
|
AUTOMOBILISMO
Ricardo Rosset é prejudicado pelo rompimento entre a equipe Lola e a Mastercard, que a patrocinava
Brasil perde piloto às vésperas do GP
FÁBIO SEIXAS
da Reportagem Local
A equipe Lola, pela qual corria o
brasileiro Ricardo Rosset, foi desativada ontem e não participará do
restante da temporada da F-1.
O comunicado foi feito ao piloto
pelo proprietário da escuderia, o
inglês Eric Broadley.
De acordo com Rosset, o motivo
que levou ao fim da equipe foi o
rompimento com a Mastercard,
empresa que a patrocinava.
``Não sei ainda exatamente o
problema que houve. Sei que a Lola e a Mastercard romperam e não
tínhamos como continuar sozinhos'', disse. ``Foi um choque.''
Com a extinção da Lola, toda a
equipe de mecânicos e engenheiros, que já estava em Interlagos,
voltará para a sede da escuderia,
em Huntingdon, na Inglaterra.
A Lola abandona a F-1 após uma
tentativa frustrada de voltar à categoria. Afastada das pistas desde 93,
anunciou o retorno para esta temporada como a chance de provar
sua competência na categoria mais
importante do automobilismo.
A fábrica inglesa já obteve sucesso na Indy, Indy Lights e F-3000. A
F-1 era encarada por Broadley como um último desafio a vencer.
Na abertura da temporada 97, no
início do mês, em Melbourne
(Austrália), a Lola não conseguiu
colocar nenhum de seus dois carros no grid de largada.
O carro ficou pronto duas semanas antes do primeiro GP, inviabilizando um cronograma de testes.
`Clube'
O acordo entre a Mastercard e a
Lola foi anunciado em São Paulo,
há três meses.
Na ocasião, a multinacional do
setor de cartões de crédito lançou
um ``clube'', visando arrecadar
fundos para o projeto.
A idéia era pagar todos os gastos
na F-1 com as mensalidades pagas
pelos ``sócios'', que teriam direito
a brindes, como jantar com os pilotos, por exemplo.
``Ainda hoje (ontem), participei
de duas promoções para a Mastercard. Recebi a ligação do Broadley
no meu celular quando estava indo para Interlagos'', disse Rosset.
O piloto afirmou não saber o que
fazer na temporada. ``Ainda estou
desorientado. Vou esperar alguma
proposta para ser piloto de teste.''
Ele disse ainda não ter conversado com seu companheiro de equipe, o italiano Vicenzo Sospiri.
Em São Paulo, um funcionário
da Mastercard confirmou o rompimento com a equipe Lola.
Hóspedes
A maioria dos pilotos estrangeiros já chegou a São Paulo para a
disputa do GP Brasil.
O italiano Giancarlo Fisichella,
da Jordan, confirmou que participará da prova.
Ele machucou o joelho em um
acidente na semana passada.
``Ainda não voltei a pilotar o Jordan, mas não terei problemas.''
Também já chegaram ao Brasil
Jan Magnussen (DIN/Stewart),
Jacques Villeneuve (CAN/Williams), Olivier Panis (FRA/Prost),
Mika Salo (FIN/Tyrrell), Mika
Hakkinen (FIN/McLaren), Jean
Alesi (FRA/Benetton) e Ukyo Katayama (JAP/Minardi).
Rubens Barrichello, da Stewart,
disse que vai correr o GP como se
fosse a abertura da temporada.
``Uma pista de rua, como a de
Melbourne, não serve como parâmetro. O campeonato começa
agora para mim.''
Próximo Texto | Índice
|