São Paulo, sábado, 26 de março de 2005

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O PERSONAGEM

Magra e madura, Carol testa sua volta por cima

DA REPORTAGEM LOCAL

A situação não era confortável. Carol, 27, chegou a Osasco há três meses. Fora de forma, teve de correr para alcançar o grupo e se entrosar. Mais: tinha de ajudar a resolver o problema da posição que incomodou o time em toda a Superliga.
Carol deu conta do recado. Até agora. A partir de hoje, não pode mais errar. "Do outro lado tem a Fernanda Venturini. Terei de jogar o dobro, triplo", brinca.
Ela entrou na vaga de Ana Cristina, 22, que jogava a Superliga praticamente sem substituta. A reserva Danielle Lins teve problema no coração. A titular Gisele brigou com Zé Roberto e saiu.
Esta é a segunda vez que Carol defende o Osasco. Em 2001/2002, foi vice-campeã. Na época, admite, a situação era bem menos amena.
"Eu e o Zé Roberto quebrávamos o pau direto."
Hoje, Carol diz que aprendeu a escutar mais, ser paciente. O motivo é explicado em coro com o técnico.
"Ela foi mãe. Amadureceu muito. É outra pessoa e outra atleta", diz Zé Roberto.
A mãe de Matheus, 1, acha também que está no melhor momento da carreira. E, é claro, pensa em seleção.
Mas não se apressa. Não guarda boas lembranças de sua última passagem, quando a Olimpíada parecia um passo natural. Em 1999, Carol havia superado problema de tiróide e vencera o Pan. Era reserva de Fofão.
Mas não foi convocada para Sydney. A comissão técnica de Bernardinho disse que ela estava acima do peso e não mostrava interesse em emagrecer. "Fiquei magoada com a maneira com que a coisa foi tratada. Mas é assunto encerrado. Até porque estou magrinha", afirma ela, nos seus 1,82 m e 76 kg. (ML)


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