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O PERSONAGEM
Magra e madura, Carol testa sua volta por cima
DA REPORTAGEM LOCAL
A situação não era confortável. Carol, 27, chegou a
Osasco há três meses. Fora
de forma, teve de correr para
alcançar o grupo e se entrosar. Mais: tinha de ajudar a
resolver o problema da posição que incomodou o time
em toda a Superliga.
Carol deu conta do recado.
Até agora. A partir de hoje,
não pode mais errar. "Do
outro lado tem a Fernanda
Venturini. Terei de jogar o
dobro, triplo", brinca.
Ela entrou na vaga de Ana
Cristina, 22, que jogava a Superliga praticamente sem
substituta. A reserva Danielle Lins teve problema no coração. A titular Gisele brigou
com Zé Roberto e saiu.
Esta é a segunda vez que
Carol defende o Osasco. Em
2001/2002, foi vice-campeã.
Na época, admite, a situação
era bem menos amena.
"Eu e o Zé Roberto quebrávamos o pau direto."
Hoje, Carol diz que aprendeu a escutar mais, ser paciente. O motivo é explicado
em coro com o técnico.
"Ela foi mãe. Amadureceu
muito. É outra pessoa e outra atleta", diz Zé Roberto.
A mãe de Matheus, 1, acha
também que está no melhor
momento da carreira. E, é
claro, pensa em seleção.
Mas não se apressa. Não
guarda boas lembranças de
sua última passagem, quando a Olimpíada parecia um
passo natural. Em 1999, Carol havia superado problema de tiróide e vencera o
Pan. Era reserva de Fofão.
Mas não foi convocada para Sydney. A comissão técnica de Bernardinho disse que
ela estava acima do peso e
não mostrava interesse em
emagrecer. "Fiquei magoada com a maneira com que a
coisa foi tratada. Mas é assunto encerrado. Até porque
estou magrinha", afirma ela,
nos seus 1,82 m e 76 kg.
(ML)
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