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São Paulo perde também série invicta no Paulista
Com atletas improvisados diante do São Caetano, equipe sofre 2º revés seguido
São Caetano 1
São Paulo 0
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Agora, vai levar tempo até o
torcedor são-paulino ouvir falar em invencibilidade.
Com um time coalhado de reservas e improvisações, o São
Paulo perdeu ontem para o São
Caetano por 1 a 0, quatro dias
depois de ter perdido diante do
Necaxa a série sem derrotas em
29 partidas de competição.
Bastante desfalcado, o São
Paulo de Muricy Ramalho tinha como novidades um meio-campo com dois volantes improvisados -Hernanes e Júnior- e uma dupla de ataque
nova, com Borges e Marcel.
Na verdade, o tradicional 3-5-2 tricolor foi readaptado para
um 4-4-2, em que Alex Silva era
um falso lateral, mais defensivo, pelo lado direito. Pelo lado
onde o Necaxa conseguiu sua
vitória, também o São Caetano
saiu vitorioso ontem, por 1 a 0.
O gol azulino, que derrubou o
último invicto do Paulista, só
confirmou o que se via ao longo
do primeiro tempo. Um lado direito são-paulino bastante vulnerável, que facultava ao time
do ABC as principais jogadas de
contra-ataque, devido ao desentrosamento e erros de posicionamento por aquele lado.
Havia muitos espaços entre
os zagueiros Alex Silva e Edcarlos, o improvisado Hernanes.
Muricy havia detectado essa
fragilidade e pedira a Alex Silva
e Edcarlos que não subissem
tanto, no primeiro tempo. Mas,
aos 46min, Canindé recebeu
nas costas da zaga, invadiu a
área e conseguiu enfiar a bola
entre Rogério e a trave direita.
Após o gol, Rogério levantou
os braços, reclamando. Ao sair
para o intervalo, o zagueiro Miranda, bastante irritado, pedia
mais proteção à zaga. "Estamos
muito abertos", avisava.
No aspecto ofensivo, também era um São Paulo de poucas esperanças.
Borges e Marcel estavam
quase abandonados na frente,
tamanha a dificuldade que havia nos meio-campistas e nos
alas de lhes fornecer bolas à feição. Basta dizer que o São Paulo, que se acostumou a perder
muitos gols nesta temporada,
não criou nenhuma situação
perigosa para o goleiro Luiz.
O São Caetano do técnico
Dorival Júnior, por sua vez, impunha seu ritmo de contra-ataques e, com faltas estratégicas,
matava a criação são-paulina.
A primeira chance de gol tricolor só ocorreu num chute de
fora da área de Jadílson, aos
18min do segundo tempo.
O goleiro do São Caetano, entretanto, defendeu e ainda contou com a ajuda do travessão
num lance dificílimo.
Culpa da dupla ou não, a torcida não demorou a pedir a entrada de Aloísio no segundo
tempo. Muricy tampouco demorou a atender, colocando o
atacante na vaga de Borges, ao
mesmo tempo em que Hugo
dava lugar a Francisco Alex.
Curiosamente, o São Paulo
voltou do intervalo melhor na
parte ofensiva sem deixar de
proteger sua defesa com mais
sucesso. Pelo lado esquerdo,
Jadílson (principalmente), Júnior e Aloísio trabalhavam as
melhores jogadas. Júnior e
Souza, de fora da área, também
chegaram perto do empate.
O São Caetano, diante da
pressão, perdia em volume de
jogo, mas se mantinha de pé.
Nem a entrada de Lenílson
no lugar do zagueiro Edcarlos
deu certo para o lado tricolor,
que amargou sua primeira derrota após 20 jogos invicto pelo
Paulista -a última vez havia sido contra o São Bento (2 a 0),
na edição passada do torneio.
Na próxima quarta, o São
Paulo volta a atuar pelo torneio
estadual contra o Rio Branco,
no Morumbi. No domingo que
vem, o time encara o Palmeiras,
novamente em seu estádio.
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